Brasil se consolida como a maior força militar da América Latina

Em um cenário global onde as capacidades militares são constantemente avaliadas e comparadas, a América Latina tem ganhado destaque por suas forças armadas e estratégias de defesa.
Anualmente, o índice Global Firepower (GFP) analisa e classifica as potências militares mundiais, oferecendo uma visão abrangente das capacidades de cada nação.
O Brasil se destaca como a principal potência militar da América Latina, ocupando a 11ª posição no ranking global de 2025, com um PwrIndx de 0,2415.
Essa posição não apenas reafirma sua liderança regional, mas também o coloca à frente de países como a Espanha, que está na 17ª posição com um PwrIndx de 0,3242.
O que é o PwrIndx?
O PwrIndx, ou Power Index, é a métrica utilizada pelo Global Firepower para mensurar o poderio militar de uma nação.
Quanto menor o valor do PwrIndx, maior o potencial militar do país.
Esse índice é calculado com base em mais de 60 critérios, incluindo quantidade de tropas ativas, inventário de armas, poder naval e aéreo, orçamento de defesa, infraestrutura logística, capacidade industrial e até fatores geográficos.
O cálculo busca criar um equilíbrio entre quantidade e qualidade, permitindo que países com forças menores, mas tecnologicamente avançadas, também sejam competitivos na classificação global.
É importante destacar que o índice não mede prontidão de combate ou moral das tropas, mas oferece uma base comparativa bastante abrangente.
Quem são os líderes da região?
México e Argentina seguem o Brasil no ranking regional, ocupando a 32ª e 33ª posições globais, respectivamente.
O México apresenta um PwrIndx de 0,5965, enquanto a Argentina registra 0,6013.
A Argentina, que anteriormente ocupava a segunda posição na América Latina, foi ultrapassada pelo México neste último levantamento.
A classificação completa das potências militares da América Latina em 2025 é a seguinte:
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Brasil (11ª posição global) – PwrIndx: 0,2415
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México (32ª posição global) – PwrIndx: 0,5965
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Argentina (33ª posição global) – PwrIndx: 0,6013
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Colômbia (46ª posição global) – PwrIndx: 0,8353
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Chile (47ª posição global) – PwrIndx: 0,8361
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Peru (49ª posição global) – PwrIndx: 0,8588
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Venezuela (50ª posição global) – PwrIndx: 0,8882
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Equador (65ª posição global) – PwrIndx: 1,3021
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Cuba (67ª posição global) – PwrIndx: 1,3286
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Bolívia (80ª posição global) – PwrIndx: 1,7221
Essas classificações são determinadas por uma análise abrangente que considera mais de 60 fatores, incluindo a quantidade de unidades militares, capacidades logísticas, recursos financeiros e geografia.
O índice GFP busca fornecer uma visão equilibrada, permitindo que nações menores e tecnologicamente avançadas sejam comparadas com países maiores e menos desenvolvidos.
Por que o Brasil segue tão forte?
O Brasil se destaca em várias áreas-chave, como defesa nacional, operações terrestres, navais e aéreas, além de logística e sustentabilidade militar.
Investimentos significativos em modernização e tecnologia têm fortalecido sua infraestrutura defensiva, garantindo a proteção de recursos naturais e rotas marítimas essenciais.
O país possui uma das maiores forças armadas da região, com centenas de milhares de militares ativos e um arsenal que inclui caças, navios de guerra e veículos blindados.
Sua indústria de defesa também está em expansão, com empresas como Embraer Defesa e Avibras ganhando visibilidade no cenário internacional.
A queda da Argentina no ranking
A Argentina, por outro lado, enfrentou desafios em sua posição no ranking.
Anteriormente destacada como a segunda maior potência militar da América Latina, o país caiu para a terceira posição regional em 2025.
Essa mudança reflete questões relacionadas ao financiamento, manutenção e modernização de suas forças armadas.
Fatores como cortes no orçamento, infraestrutura militar defasada e dificuldades políticas contribuíram para o declínio no índice.
Ainda assim, a Argentina mantém uma base militar significativa e segue sendo um ator relevante na região.
A força de outros países latino-americanos
A Venezuela ocupa a 50ª posição global, com um PwrIndx de 0,8882.
Apesar dos desafios econômicos e políticos, o país mantém uma presença significativa no cenário militar regional.
México e Colômbia também desempenham papéis importantes na região, ocupando a 32ª e 46ª posições globais, respectivamente.
Ambos os países têm investido em modernização e fortalecimento de suas capacidades militares para enfrentar desafios internos e regionais.
Chile e Peru seguem de perto, com posições globais de 47ª e 49ª, respectivamente.
Ambos os países têm focado em aprimorar suas forças armadas, com investimentos em tecnologia e treinamento.
Equador, Cuba e Bolívia completam a lista das dez principais potências militares da América Latina, ocupando as 65ª, 67ª e 80ª posições globais, respectivamente.
Esses países continuam a desenvolver suas capacidades de defesa, apesar de limitações econômicas e geopolíticas.
O que o índice GFP realmente mede?
É importante notar que o índice Global Firepower é uma ferramenta que oferece uma perspectiva sobre as capacidades militares, mas não necessariamente reflete a eficácia operacional ou a prontidão para combate de uma nação.
Fatores como treinamento, moral das tropas e estratégias de defesa desempenham papéis cruciais que não são totalmente capturados por este índice.
Além disso, a dinâmica geopolítica e os contextos internos de cada país influenciam significativamente suas capacidades militares e estratégias de defesa.
Portanto, embora o índice GFP forneça uma visão geral útil, ele deve ser considerado em conjunto com outras análises e informações para uma compreensão completa do cenário militar regional e global.