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Com um investimento de R$ 57 bilhões, a Meta vai construir a maior rede de cabos submarinos do mundo, com 50 mil quilômetros de extensão e conectando cinco continentes

por Alisson Ficher Publicado em 18/02/2025
Com um investimento de R$ 57 bilhões, a Meta vai construir a maior rede de cabos submarinos do mundo, com 50 mil quilômetros de extensão e conectando cinco continentes

A Meta está prestes a mudar a internet como conhecemos! Com um investimento bilionário, a gigante da tecnologia vai construir a maior rede de cabos submarinos do mundo, conectando cinco continentes com uma infraestrutura de alta velocidade e baixa latência. Esse projeto promete revolucionar o transporte de dados globais, tornando a internet mais rápida, estável e acessível para bilhões de pessoas.

Mas por que essa inovação é tão importante? E como ela pode impactar países como Brasil, Estados Unidos, Índia, África do Sul e Austrália?

Esse projeto de construção chega em um momento crucial, já que a Meta responde por 10% do tráfego fixo e 22% do tráfego móvel da internet global, mas considera que a infraestrutura atual não atende às suas necessidades. O novo sistema, chamado Projeto Waterworth, dará mais controle à empresa sobre seus serviços e fortalecerá sua presença no setor de telecomunicações.

Brasil será um dos países conectados pela nova rede

O Brasil está entre os países que terão passagem da rede de cabos submarinos da Meta. O projeto usa 24 pares de fibra óptica, permitindo instalação em profundidades de até 7 mil metros. Além disso, a empresa adotará novas técnicas de enterramento para reduzir falhas em áreas de alto risco.

Apesar da abrangência global, o projeto não inclui a Europa, e a Meta não explicou o motivo dessa decisão. A expectativa é que a rede comece a funcionar ainda este ano, mas a empresa não divulgou uma data exata. O investimento total ultrapassa US$ 10 bilhões, cerca de R$ 57 bilhões.

Investimento bilionário da Meta impulsiona conectividade e inteligência artificial

Esse grande investimento na infraestrutura digital reforça a necessidade de mais conectividade em regiões estratégicas. Além de melhorar a velocidade da internet, a construção da  nova rede vai ajudar na expansão de aplicações de inteligência artificial (IA), cada vez mais essenciais para as grandes empresas de tecnologia.

Esse não é o primeiro investimento da Meta no setor de cabos submarinos. De acordo com a TeleGeography, empresa especializada em telecomunicações, a Meta já é co-proprietária de 16 redes submarinas, incluindo o cabo 2Africa, que circula o continente africano. No entanto, o Projeto de Waterworth será a primeira rede totalmente controlada pela Meta.

Meta investe bilhões para liderar a conectividade global

Com essa iniciativa, a empresa se aproxima da estratégia do Google, que já possui cerca de 33 rotas de cabos submarinos, muitas delas de sua propriedade exclusiva. Enquanto isso, gigantes como Amazon e Microsoft também participam do setor, mas não possuem redes submarinas próprias.

A construção dessa rede de cabos submarinos tem o objetivo de ampliar a conectividade global e expandir a infraestrutura digital da Meta. Com um investimento multibilionário, a empresa busca aprimorar a transmissão de dados e a eficiência na comunicação entre continentes.

Alisson Ficher

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