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Donald Trump declara guerra aos cartéis mexicanos! Com uma nova estratégia militar, os EUA preparam ataques com drones e forças especiais

por Alisson Ficher 18/02/2025
Donald Trump declara guerra aos cartéis mexicanos! Com uma nova estratégia militar, os EUA preparam ataques com drones e forças especiais

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma decisão inédita ao assinar um documento oficial que coloca os cartéis mexicanos na lista de grupos terroristas. Com isso, essas organizações passam a ser classificadas da mesma forma que Al-Qaeda e Estado Islâmico, permitindo aos EUA usar seu poderio militar para combater o narcotráfico de forma mais agressiva.

Além disso, a decisão transforma a guerra contra o tráfico em um combate aberto ao crime organizado, algo sem precedentes na relação entre Estados Unidos e México.

A nova estratégia dos EUA contra os cartéis

Essa nova abordagem permite que os EUA utilizem drones, forças especiais e tecnologia de vigilância avançada para rastrear e eliminar líderes dos cartéis. A estratégia segue modelos já aplicados no Oriente Médio, onde alvos de alto valor são identificados e neutralizados antes de conseguirem reagir.

Como os EUA planejam agir contra os cartéis?

A decisão de Trump não se limita a reforçar a segurança nas fronteiras. Pelo contrário, ela abre caminho para ataques militares de grande escala dentro do território mexicano. Especialistas do governo e do setor militar já esboçaram diferentes cenários para essas ações.

Os planos incluem o uso de drones MQ-9 Reaper para monitoramento aéreo, além de helicópteros Little Bird e Black Hawk para operações táticas das forças especiais em solo. As forças especiais americanas poderão executar missões de captura ou eliminação de líderes dos cartéis, seguindo métodos já testados no Oriente Médio.

A estratégia prevê três etapas:

  • Eliminar as lideranças principais dos cartéis por meio de operações cirúrgicas.
  • Desarticular a rede de comando, atacando gerentes de médio escalão.
  • Neutralizar os soldados de base e enfraquecer as fontes de financiamento do crime.

Recentemente, um avião de vigilância RC-135V Rivet Joint da Força Aérea dos EUA foi flagrado sobrevoando o Golfo da Califórnia, perto de regiões dominadas pelos cartéis. Isso mostra que os Estados Unidos já começaram a intensificar o monitoramento dessas organizações criminosas.

Mas os cartéis não são alvos fáceis. Eles possuem veículos blindados, conhecidos como “narco tanques”, contam com sistemas de defesa antiaérea e operam uma vasta rede de informantes. Um exemplo claro da força dessas organizações aconteceu em Culiacán, quando o Cartel de Sinaloa mobilizou centenas de homens armados para forçar o governo mexicano a libertar Ovidio Guzmán, filho de El Chapo.

Além disso, os cartéis já utilizam tecnologia avançada, incluindo drones para vigilância e ataques contra rivais ou autoridades. Isso pode dificultar as operações militares dos EUA e até criar riscos de retaliação em território americano, onde essas organizações já possuem redes criminosas bem estabelecidas.

Reação do México e os desafios da intervenção militar

A decisão de Trump gerou uma reação imediata do governo mexicano. A presidente Claudia Sheinbaum rejeitou qualquer possibilidade de intervenção militar dos EUA, reforçando que a soberania do México deve ser respeitada. Como resposta, anunciou o envio de 10 mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira, tentando acalmar as tensões.

No entanto, Trump não se deu por satisfeito e ameaçou impor tarifas de 25% sobre as exportações mexicanas. Se isso acontecer, a economia mexicana pode sofrer um golpe devastador. Hoje, o México é o maior parceiro comercial dos EUA, movimentando cerca de 800 bilhões de dólares por ano.

Cartéis mexicanos vão além do tráfico

O grande problema dessa situação é que os cartéis mexicanos já expandiram suas atividades para muito além do narcotráfico. Hoje, eles controlam setores como produção de abacates, exploração madeireira e até o comércio de água. Isso torna qualquer operação militar ainda mais complicada, pois um ataque direto pode desestabilizar economicamente várias regiões.

Essa abordagem não é completamente nova. Nos anos 2000, os EUA lançaram o Plano Colômbia, uma iniciativa militar para enfraquecer os cartéis colombianos. Apesar de alguns sucessos, o programa foi criticado por violar direitos humanos e apenas transferir o problema para outros países.