Treinamento de guerra no ártico coloca médicos da marinha e fuzileiros navais em resgates extremos sob neve e frio intenso enquanto militares enfrentam desafios de sobrevivência e combate

Médicos da Marinha Real do Reino Unido e fuzileiros navais participaram de um intenso treinamento de resgate em avalanches no Círculo Polar Ártico, na Noruega. A simulação ocorreu nas montanhas de Helligskogen, perto da fronteira com a Suécia, e envolveu equipes de emergência norueguesas, incluindo forças armadas, polícia e equipes de busca e resgate, além de unidades de ambulância aérea. A informação foi divulgada pelo forcesnews.
O treinamento, realizado sob temperaturas extremas, testou a capacidade das equipes de localizar e socorrer vítimas soterradas pela neve, enfrentando riscos elevados de hipotermia e parada cardíaca. “Participei de vários cenários médicos nos últimos anos, mas nada se compara a este exercício”, afirmou a médica assistente Madelaine Wilson, da Seção Médica do 30 Commando. Segundo ela, a participação das forças norueguesas, especialmente das equipes aéreas, trouxe ainda mais realismo ao exercício e destacou a importância da comunicação eficaz entre as unidades envolvidas.
A operação fez parte da Winter Deployment 25, uma série de treinamentos que reúne cerca de 2.000 militares da UK Commando Force no norte da Noruega. Dentro dessa força, a elite do Surveillance and Reconnaissance Squadron Group (SRS), composta por especialistas em combate ártico e montanhismo, foi a primeira a chegar ao local do desastre simulado, realizando buscas antes da chegada da equipe médica.
Com pouca visibilidade e condições climáticas adversas, os militares conseguiram localizar e socorrer quatro vítimas, que foram triadas e transportadas para o hospital mais próximo. A missão reforça a capacidade das forças britânicas de operar no Alto Norte, uma região de crescente importância estratégica.
A presença dos comandos britânicos na Noruega não apenas fortalece os laços com os aliados locais, mas também garante que as tropas estejam preparadas para atuar em cenários de combate e emergências climáticas severas no Ártico.