Em decisão tomada na tarde desta segunda-feira, o Superior Tribunal Militar condenou um general de Brigada médico da reserva a 2 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão por corrupção passiva. O caso remonta a 2008, quando o militar, então chefe da Clínica de Hemodinâmica do Hospital Central do Exército (HCE), no Rio de Janeiro, teria recebido depósitos bancários no valor de R$ 290 mil de representantes de uma empresa fornecedora de materiais hospitalares.

Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral de Justiça Militar, os pagamentos eram contrapartida por pareceres técnicos favoráveis à empresa em pregões e pela requisição de materiais fornecidos ao hospital. À época, a empresa faturou mais de R$ 2 milhões em contratos com o Exército.

O caso foi desvendado pela Operação Hipócrates, da Polícia Federal, que investigava desvios de recursos públicos na área da saúde, incluindo fraudes em hospitais militares.

Apesar da condenação, o Ministério Público Militar avalia recorrer para ampliar a pena, considerando a gravidade das práticas.