Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.

KC-390 da Força Aérea Brasileira pousa na histórica pista da NASA usada pelos ônibus espaciais e coloca Embraer no centro das atenções da aviação mundial com feito inédito nos EUA

por Alves 05/05/2025
KC-390 da Força Aérea Brasileira pousa na histórica pista da NASA usada pelos ônibus espaciais e coloca Embraer no centro das atenções da aviação mundial com feito inédito nos EUA
KC-390 da FAB pousa em uma das pistas mais históricas da NASA, antes usada por naves espaciais dos Estados Unidos.

Na manhã do dia 2 de maio de 2025, o cargueiro militar KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira, realizou um feito inédito ao pousar na histórica pista do ônibus espacial da NASA, localizada dentro do Kennedy Space Center, na Flórida. Esta é a primeira vez que uma aeronave brasileira aterrissa na lendária pista KTTS/QQS, conhecida mundialmente pelas missões dos ônibus espaciais norte-americanos.

Pouso final da missão Atlantis em 2011 marcou o encerramento definitivo das operações dos ônibus espaciais da NASA | Foto: NASA / Bill Ingalls

Com 4.572 metros de comprimento, a instalação foi utilizada em 78 missões espaciais entre 1979 e 2011, incluindo o pouso final da missão STS-135, com o ônibus espacial Atlantis, que marcou o encerramento do programa espacial tripulado da NASA. A mesma pista também serviu como base para os Boeing 747 que transportaram os ônibus espaciais para museus, após sua aposentadoria.

A aeronave de matrícula FAB 2855 decolou de Tampa, na costa oeste da Flórida, em um voo curto e raro, sem que o motivo oficial da operação tenha sido divulgado. Apesar do mistério envolvendo a missão, já há previsão de retorno do KC-390 à cidade de origem ainda no mesmo dia, mantendo o caráter breve da visita à base espacial americana.

A informação foi divulgada pelo portal especializado Aeroin, que destacou o simbolismo da presença do avião militar brasileiro na emblemática pista espacial. O local, ao lado de uma das torres de lançamento da NASA, foi projetado especialmente para receber naves que retornavam em voo planado após missões orbitais — e agora também recebeu a robusta aeronave da Embraer.