O Exército Brasileiro poderá ampliar sua atuação direta no combate à dengue em Porto Alegre, diante do agravamento da situação sanitária na capital gaúcha. O Comando Militar do Sul (CMS) confirmou que participará de uma reunião nesta terça-feira com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para discutir a logística de apoio militar às ações emergenciais. Embora ainda não haja definição de horário, o encontro deve tratar sobre a possível montagem de um hospital de campanha, medida que não está descartada pelo comando militar.

A cidade decretou estado de emergência em saúde pública na semana passada, após registrar 4.584 casos confirmados de dengue até o início da tarde desta segunda-feira. Um dos epicentros da doença é o bairro Santa Rosa de Lima, na zona Norte, onde o prefeito Sebastião Melo anunciou no sábado o apoio do Exército às ações municipais. Atualmente, há uma tenda de atendimento para pacientes com dengue instalada junto à UPA Moacyr Scliar, na mesma região, gerenciada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Diferente de outras cidades da Região Metropolitana, como Viamão, onde a estrutura de campanha é coordenada pelo próprio Exército, a capital gaúcha ainda opera sob gestão civil. Mesmo assim, a possibilidade de uma instalação militar independente segue sendo avaliada. A Prefeitura anunciou também que abrirá uma segunda tenda emergencial junto ao supermercado Stok Center, na avenida Manoel Elias, embora ainda sem data confirmada — a expectativa é que isso ocorra ainda em abril.

A força-tarefa municipal em curso envolve diversos órgãos: além da SMS, participam a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), a equipe de fiscalização urbana e a Guarda Municipal. A prioridade, segundo Luciano Nunes, diretor-geral adjunto do DMLU, é intensificar a fiscalização e eliminar focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti por meio da limpeza de áreas públicas e privadas.

A informação foi divulgada pelo site Correio do Povo, com base em declarações do Comando Militar do Sul, da Prefeitura de Porto Alegre e de representantes do DMLU. A cidade segue em alerta, com medidas emergenciais sendo ampliadas para conter a escalada de casos da doença.