“A guerra chegou para a elite carioca”: tiroteio em Copacabana escancara realidade que zona sul ignorava, afirma Glauber Podcast
Um tiroteio de grande intensidade ocorrido nesta semana na Ladeira dos Tabajaras, entre os bairros de Copacabana e Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, deixou ao menos cinco suspeitos mortos durante uma operação da Polícia Civil. A ação foi desencadeada para cumprir mandados de prisão contra envolvidos na execução do policial civil João Pedro Marquini, marido da juíza Tula Melo, morto ao tentar defender a esposa durante um assalto na zona oeste da cidade.
Entre os mortos, estava Vinícius Cléber de Carlantônio, conhecido como “Cheio de Ódio”, apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade. Helicópteros sobrevoaram o local e moradores registraram, em pânico, o confronto, que gerou ondas de repercussão nas redes sociais e na mídia. A juíza Tula Melo só sobreviveu à tentativa de assalto dias antes graças ao uso de um carro blindado.
O episódio gerou forte reação de moradores da zona sul, acostumados a viver longe da rotina de operações policiais comuns em outras regiões da cidade. Vídeos de moradores registrando o tiroteio com gritos de desespero viralizaram. Para muitos, foi o primeiro contato direto com a violência armada urbana que, até então, parecia restrita a outras áreas.
No YouTube, o apresentador Glauber gravou uma análise contundente sobre o caso, destacando a seletividade histórica da segurança pública no Rio de Janeiro. “A guerra chegou onde não era para chegar”, afirma. Segundo ele, a presença de traficantes, armas pesadas e o domínio do crime em comunidades da zona sul é antiga, mas sempre ignorada pelo Estado e parte da mídia.
Glauber critica o fato de que operações em favelas da zona norte e Baixada são tratadas com normalidade, enquanto a mesma ação em bairros de elite é vista como algo “chocante” ou “fora do padrão”. Para ele, o susto de moradores de Copacabana expõe o quanto o Rio vive uma realidade dividida: de um lado, quem se acostumou com tiroteios; de outro, quem só agora percebe que também está vulnerável.
Para assistir à análise completa do episódio e entender por que esse caso representa uma virada simbólica na percepção de segurança no Rio de Janeiro.