Nova descoberta põe cientistas e pesquisadores em alerta máximo: Uma Mudança silenciosa e sinistra foi detectada no núcleo da terra

A Terra, aparentemente estável sob nossos pés, esconde um segredo surpreendente a 5.100 quilômetros de profundidade: seu núcleo interno — uma esfera metálica envolta por ferro líquido em alta turbulência — está mudando de comportamento. De acordo com três estudos científicos recentes publicados entre 2024 e 2025, incluindo pesquisas lideradas por John Vidale, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), o núcleo começou a girar mais lentamente e possivelmente até inverter sua direção de rotação em relação à crosta terrestre.
Essa revelação está abrindo um novo capítulo na compreensão do interior do nosso planeta — e pode ter consequências diretas para o campo magnético da Terra e até mesmo para a duração dos dias.
O que os cientistas descobriram?
Pesquisadores da USC, junto com colegas da Academia Chinesa de Ciências, analisaram ondas sísmicas de mais de 120 terremotos repetitivos entre 1991 e 2024, muitos deles originados nas Ilhas Sandwich do Sul. Eles também cruzaram os dados com testes nucleares históricos da era soviética e norte-americana.
As conclusões foram publicadas na revista Nature Geoscience em fevereiro de 2025 e confirmam que, desde cerca de 2010, o núcleo interno da Terra — antes girando ligeiramente mais rápido que o resto do planeta — passou a girar mais devagar. Agora, evidências sugerem que ele está se movendo no sentido oposto à rotação da superfície, um fenômeno conhecido como “backtracking”.
“O núcleo interno havia desacelerado pela primeira vez em muitas décadas. O que estamos observando é o núcleo interno sendo perturbado pelo externo”, afirmou John Vidale, geofísico da USC, em entrevista ao Earth.com.
Núcleo interno: um motor invisível em mutação
A estrutura da Terra é composta por quatro grandes camadas: crosta, manto, núcleo externo (líquido) e núcleo interno (sólido). O núcleo interno é uma esfera de ferro e níquel que, por décadas, foi considerada sólida e constante. No entanto, estudos recentes como o da EarthSky mostram que sua superfície pode estar mudando de forma ao longo do tempo, resultado das turbulências do núcleo externo líquido.
Essa dinâmica profunda é o que ajuda a alimentar o campo magnético da Terra — uma espécie de escudo protetor que nos protege da radiação solar e dos ventos cósmicos.
Por que isso importa? Impactos no campo magnético e no tempo
Mudanças na rotação do núcleo interno têm o potencial de influenciar levemente a duração dos dias terrestres, com variações de até milésimos de segundo. Ainda que imperceptíveis para o ser humano comum, essas flutuações podem ser críticas para sistemas de posicionamento global (GPS) e comunicações via satélite.
Mais importante ainda, alterações no núcleo podem impactar o campo magnético da Terra, que é gerado justamente pela interação entre o núcleo líquido e o sólido. Uma instabilidade nesse processo pode enfraquecer temporariamente o escudo magnético — algo que já aconteceu na história geológica da Terra durante as chamadas inversões de polos magnéticos.
O que diz a ciência?
📍Earth.com destaca a mudança de rotação e os sinais de “reversão” no núcleo.
📍EarthSky.org mostra que a superfície do núcleo interno não é estática e sofre deformações.
📍Discover Magazine confirma que a desaceleração pode estar ligada a mudanças na composição e densidade interna do planeta.
Todos esses estudos indicam que o núcleo interno não é tão sólido quanto se pensava, e que interações com o núcleo externo e o manto denso acima dele causam deformações, lentidão e até retrocesso rotacional.
O futuro da pesquisa: o que os cientistas ainda querem descobrir?
Apesar do avanço das técnicas, os especialistas ainda veem muitas lacunas. O próprio Vidale afirma que a próxima etapa da pesquisa será entender como essas mudanças estruturais no núcleo influenciam a estabilidade magnética, térmica e gravitacional do planeta.
Enquanto isso, novas tecnologias de análise sísmica e satelital estão sendo desenvolvidas para observar em tempo real as “pulsações” do coração metálico da Terra.
Referências:
Earth.com – Earth’s Inner Core Now Rotating Backwards