Embarcação colossal Ferry-boat é afundada em estado brasileiro propositalmente e por um motivo para lá de inusitado

Um dos mais famosos ferry-boats da cidade, o Juracy Magalhães, conhecido por atravessar por 45 anos as águas entre Salvador e a ilha de Itaparica, teve seu destino alterado de forma surpreendente.
Em vez de ser desativado ou sucateado, ele foi afundado intencionalmente no mar, gerando grande curiosidade e um impacto positivo no ecossistema marinho local.
Ferry-boat Juracy Magalhães afundado no Rio Vermelho: o destino inesperado
Na última sexta-feira, dia 21 de março de 2025, o ferry-boat Juracy Magalhães foi afundado nas águas do Rio Vermelho, em Salvador.
Após quatro décadas e meia de serviços prestados na travessia entre o terminal de Bom Despacho, em Itaparica, e a cidade de Salvador, a embarcação passou a ter um novo propósito: virar um recife artificial para atrair turistas e fomentar a biodiversidade marinha.
Essa mudança radical no destino do ferry é resultado de um projeto lançado pela Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), que visa impulsionar o turismo de mergulho na região.
O afundamento não foi apenas uma ação simbólica, mas uma medida cuidadosamente planejada, com a colaboração de órgãos como a Marinha do Brasil e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema).
Esses profissionais acompanharam o processo de forma rigorosa, garantindo a segurança e a sustentabilidade da operação.
Por que transformar um ferry-boat em recife artificial?
A ideia de afundar embarcações antigas e transformá-las em recifes artificiais não é nova.
Essa prática é cada vez mais comum em diversos pontos do mundo, sendo utilizada tanto como uma maneira de preservar ecossistemas quanto como uma estratégia de promoção do turismo.
Ao afundar a embarcação no mar, cria-se um novo habitat subaquático, propício para o desenvolvimento de várias espécies marinhas.
A presença do ferry no fundo do mar oferece abrigo e proteção para peixes, corais, moluscos e outras criaturas marinhas, além de ajudar na formação de um novo ecossistema.
No caso do ferry Juracy Magalhães, a escolha do local para o afundamento foi um dos aspectos mais importantes do projeto.
A área do Rio Vermelho foi selecionada após a realização de minuciosos estudos ambientais, que consideraram tanto a saúde da biodiversidade local quanto a viabilidade logística da operação.
A expectativa é que o naufrágio beneficie significativamente o ecossistema subaquático, ajudando na preservação da vida marinha e atraindo turistas que buscam uma experiência única no mergulho.
Impacto no turismo e na economia local
Uma das grandes apostas do projeto é a potencial contribuição para o turismo de Salvador.
O turismo de mergulho, que tem se popularizado ao longo dos últimos anos, pode se expandir consideravelmente com a criação de recifes artificiais.
Ao transformar um ferry-boat em um novo ponto de interesse subaquático, a cidade ganha mais uma atração turística e amplia seu leque de opções para os turistas que buscam aventura e contato com a natureza.
O Juracy Magalhães vai além de um simples ponto de mergulho, tornando-se uma verdadeira cápsula do tempo, preservando um pedaço da história de Salvador.
Para muitos, esse ferry foi um símbolo de conexão entre a cidade e a ilha de Itaparica, e agora, no fundo do mar, se torna um legado para futuras gerações de mergulhadores e amantes da vida marinha.
O papel da Marinha e do Inema no processo
O afundamento do ferry não foi uma ação realizada de maneira improvisada.
Ao contrário, todo o processo foi monitorado e regulamentado por autoridades competentes, que garantiram que o projeto fosse realizado de forma segura e sustentável.
A Marinha do Brasil, juntamente com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), supervisionou a operação, assegurando que todas as normas de segurança e preservação ambiental fossem seguidas.
Essa parceria entre diferentes órgãos demonstrou o comprometimento do governo e das autoridades locais com a preservação do meio ambiente e a promoção do turismo sustentável.
O transporte do ferry até o local do afundamento também foi um desafio logístico.
Rebocado desde o terminal de Bom Despacho até o Rio Vermelho, o Juracy Magalhães foi cuidadosamente posicionado para garantir que o afundamento ocorresse de forma segura, minimizando impactos ambientais e proporcionando a criação de um ecossistema subaquático favorável.
A importância de ações como essa para o futuro
A transformação de uma embarcação em recife artificial é um exemplo de como as iniciativas sustentáveis podem unir a preservação ambiental ao turismo.
Projetos como esse demonstram que é possível preservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, fomentar a economia local, atraindo turistas e gerando empregos no setor de turismo e lazer.
Além disso, o afundamento do Juracy Magalhães evidencia o comprometimento da Bahia com a inovação e a criatividade em suas estratégias de turismo e preservação ambiental.
Com a criação de novos recifes artificiais, a cidade tem a chance de se consolidar como um destino importante para o ecoturismo, especialmente para os amantes do mergulho e da natureza.