Briga no Salão Oval: Trump e Zelenskyy trocam farpas e estremecem relação EUA-Ucrânia; mundo reage

Trump x Zelenskyy: mais uma novela política, agora com briga no Salão Oval
Ontem, último dia de fevereiro, Donald Trump e seu vice, JD Vance, decidiram dar um “sermão” no presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. O resultado foi um embaraçoso barraco diplomático. De acordo com Trump, o líder ucraniano não estaria “pronto para a paz” e ainda teria sido “desrespeitoso” com os Estados Unidos.
O desentendimento no Salão Oval
A cena aconteceu na Casa Branca, onde Zelenskyy foi discutir a guerra contra a Rússia. Além disso, o presidente ucraniano tentava garantir mais apoio militar dos EUA. Só que Trump não quis saber de conversa. O presidente americano deixou claro que não está disposto a se envolver mais no conflito e cobrou mais “gratidão” por tudo o que os EUA já enviaram para a Ucrânia.
“Você está apostando com a vida de milhões de pessoas”, gritou Trump. “Está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país.”
Zelenskyy, por sua vez, bateu de volta: “Não há acordo com um assassino em nosso território.”
Depois do bate-boca, o líder ucraniano deixou a Casa Branca mais rápido do que entrou, enquanto Trump foi correndo ao Truth Social, sua rede social, para dizer que Zelenskyy não estava “pronto para a paz se a América estivesse envolvida.”
O ucraniano tentou amenizar a situação, postando no X (ex-Twitter): “Obrigado POTUS, Congresso e povo americano. A Ucrânia precisa de uma paz justa e duradoura, e estamos trabalhando exatamente para isso.”
Mas, depois desse imbróglio, o clima entre os dois ficou mais gelado que inverno em Kiev.
O mundo reage ao circo diplomático
Nos EUA, o senador republicano Lindsey Graham, que já foi pró-Ucrânia, mudou o tom e sugeriu que Zelenskyy pensasse menos em garantias de segurança e mais em acordos comerciais com os EUA. Enquanto isso, os democratas, como Chuck Schumer, acusaram Trump de estar fazendo o “trabalho sujo” de Vladimir Putin.
Na Rússia, os oficiais não perderam a chance de tripudiar. Dmitry Medvedev, sempre afiado no Telegram, celebrou: “Trump deu um forte tapa na mão do palhaço da cocaína.” Já Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria, foi além: “Como Trump e Vance se seguraram de bater naquele canalha é um milagre de contenção.”
Na Europa, o discurso foi de apoio a Zelenskyy. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que o líder ucraniano “honra a bravura do seu povo”. O francês Emmanuel Macron reafirmou que a Rússia é a agressora e que o Ocidente deve continuar ajudando Kiev. Na Alemanha, os políticos também se uniram para reforçar o apoio a Zelenskyy.
Já Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro e conhecido aliado de Trump, foi um dos poucos a elogiá-lo: “Homens fortes fazem a paz, homens fracos fazem a guerra.”
Trump e Zelenskyy: um divórcio anunciado?
Fica evidente que o apoio dos EUA à Ucrânia já não é o mesmo de antes, pelo menos sob Trump. A paciência republicana está se esgotando. Além disso, o presidente americano, que já sinalizou que quer cortar os gastos com a guerra, não vê razão para continuar jogando dinheiro na crise.
Por outro lado, Zelenskyy se vê encurralado. Com a Rússia avançando e a Europa dividida, ele precisa do apoio dos EUA mais do que nunca. Mas, após esse confronto no Salão Oval, parece que o líder ucraniano terá que suar ainda mais para garantir a ajuda que precisa.
No fim das contas, a diplomacia entre os dois está mais para um reality show caótico do que para uma aliança estratégica. A pergunta que fica é: quem sai perdendo mais com esse desentendimento?