Governo revoluciona a indústria naval com investimento de R$ 1,6 bilhão e explosão de empregos: quatro novos navios serão construídos no Rio Grande do Sul, impulsionando a economia e criando 5 mil vagas no setor

A indústria naval brasileira volta a ganhar força com a assinatura de um novo contrato para a construção de quatro navios em Rio Grande (RS). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou o acordo, impulsionando investimentos no setor e reacendendo a esperança de reestruturação do polo naval da região. O projeto representa uma retomada significativa da construção naval, interrompida por anos devido a crises econômicas e investigações de corrupção.
O investimento de US$ 278 milhões (R$ 1,6 bilhão) reforça a importância estratégica da indústria naval e promete aquecer a economia local. Com geração de empregos e movimentação de diversos setores, o contrato assinado visa fortalecer a logística de cabotagem e reestabelecer o protagonismo do Brasil no mercado naval. Autoridades locais celebram a iniciativa como um marco para o desenvolvimento da região e um impulso para a recuperação da indústria.
Retomada da indústria naval brasileira após anos de paralização, busca reativar um setor estratégico para a economia do sul do país
O programa TP25 da Transpetro, subsidiária da Petrobras, pretende renovar a frota nacional com até 25 embarcações. Após anos de paralisação nas encomendas, consequência da Operação Lava Jato, o governo agora aposta no fortalecimento da indústria naval para gerar empregos e impulsionar a economia. O estaleiro Ecovix será o principal executor da construção de navios, enquanto o estaleiro Mac Laren, localizado em Niterói (RJ), cuidará do acabamento das embarcações.
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Impacto econômico e geração de até 5.000 empregos na indústria naval
A construção dos quatro navios depende de taxas de juros reduzidas pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) e incentivos fiscais para depreciação acelerada dos ativos. A retomada da atividade industrial deve gerar 1.000 empregos diretos, elevando o número total de trabalhadores do estaleiro de 200 para até 1.400.
José Antunes Sobrinho, acionista da Ecovix, afirmou que a paralisação da indústria naval desde 2016 resultou na desmobilização da mão de obra qualificada. Com o novo contrato, ele prevê crescimento e requalificação dos profissionais do setor. “Potencialmente, em Rio Grande, podemos gerar 5.000 empregos sem comprometer a operação”, disse o executivo.
A prefeita de Rio Grande, Darlene Pereira (PT), destacou que a prefeitura já trabalha em programas de capacitação para que os moradores locais ocupem os postos de trabalho. Além dos empregos diretos, a movimentação no estaleiro deve impulsionar diversos setores da economia, como alimentação, segurança e comércio, promovendo um efeito cascata positivo na região.
Estratégia política e retomada da Petrobras em momento crítico para o governo
A assinatura do contrato ocorre em um momento crítico para o governo Lula, que enfrenta queda de popularidade. De acordo com pesquisa Datafolha, a aprovação do presidente caiu para 24%, a menor registrada em seus mandatos. A retomada das obras navais se insere em um contexto de esforço para reaquecer a economia e fortalecer a imagem do governo antes das eleições de 2026.
Na semana anterior, Lula esteve em Angra dos Reis (RJ) para anunciar uma nova licitação de navios da Petrobras. Ambas as iniciativas fazem parte da estratégia da estatal, sob comando de Magda Chambriard, de acelerar encomendas e investimentos na indústria naval. A Petrobras, que teve sua atuação reduzida no setor durante governos anteriores, agora aposta na ampliação da frota e na geração de empregos como parte de uma política de estímulo à economia.
Com 95% da produção realizada em Rio Grande, a construção das novas embarcações fortalece a indústria e a logística de cabotagem e representa um marco na reconstrução da indústria naval brasileira. Para o governo, o projeto simboliza uma retomada de investimentos estratégicos e reforça o compromisso com o desenvolvimento industrial e econômico do país.
Informações publicadas anteriormente por Folha de S. Paulo