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Coreia do Norte surpreendeu o mundo com acordo bilionário jamais visto: envio de tropas para a Rússia, 700 mil toneladas de arroz, US$ 200 milhões em salários e tecnologia espacial avançada

por Alves Publicado em 20/02/2025
Coreia do Norte surpreendeu o mundo com acordo bilionário jamais visto: envio de tropas para a Rússia, 700 mil toneladas de arroz, US$ 200 milhões em salários e tecnologia espacial avançada

A Coreia do Norte e a Rússia assinaram um acordo bilionário que promete mudar o cenário geopolítico global. A aliança envolve o envio de soldados norte-coreanos para apoiar a Rússia na guerra da Ucrânia, o recebimento de 700 mil toneladas anuais de arroz e um montante de US$ 200 milhões anuais em salários para os militares enviados ao conflito. Além disso, o pacto inclui a transferência de tecnologia espacial e possível apoio militar direto em caso de confronto na Península Coreana.

Segundo fontes de inteligência sul-coreana, milhares de soldados norte-coreanos já foram deslocados para o front de batalha, com expectativa de que novos contingentes cheguem até o final do ano. Essa movimentação marca um passo significativo na relação entre Moscou e Pyongyang, consolidando um alinhamento estratégico que pode influenciar não apenas a guerra na Ucrânia, mas também o equilíbrio militar no Leste Asiático.

O pacto reforça a cooperação entre os dois países e atende interesses mútuos. Para a Rússia, a aliança significa acesso a tropas extras em um momento crucial do conflito com a Ucrânia. Para a Coreia do Norte, o suporte financeiro e tecnológico garante recursos fundamentais para manter a estabilidade do regime de Kim Jong-un e fortalecer sua presença militar e econômica.

Soldados norte-coreanos vão ganhar salários milionários com envio à guerra

Como amplamente noticiado pela mídia internacional, nacional, e aqui no Sociedade Militar, o acordo prevê que cada soldado norte-coreano enviado à Ucrânia receberá cerca de US$ 2 mil por mês, gerando uma receita anual de mais de US$ 200 milhões para Pyongyang. O pagamento desses salários representa uma fonte significativa de renda para o regime, que enfrenta dificuldades econômicas devido às sanções internacionais e crises alimentares.

Além dos soldados no campo de batalha, cerca de 4 mil trabalhadores norte-coreanos já estão na Rússia, recebendo salários de aproximadamente US$ 800 por mês. Esse contingente trabalha em diversas áreas da indústria russa, contribuindo para a economia norte-coreana e ajudando a mitigar a escassez de recursos dentro do país.

Especialistas apontam que o envio de soldados e trabalhadores fortalece o governo de Kim Jong-un, garantindo uma entrada expressiva de divisas estrangeiras em um período de incertezas econômicas. Esse dinheiro pode ser utilizado para financiar projetos militares e sociais, além de garantir o abastecimento de itens essenciais para a população.

Acordo inclui envio de arroz e reforça segurança alimentar da Coreia do Norte

Outro ponto de destaque do acordo é a entrega de 700 mil toneladas anuais de arroz à Coreia do Norte. Esse volume representa mais da metade da necessidade alimentar do país, que tem dificuldades para produzir alimentos suficientes devido a condições climáticas adversas e falta de insumos agrícolas.

A dependência de doações emergenciais tem sido um problema recorrente para Pyongyang, e a aliança com a Rússia pode reduzir essa vulnerabilidade. No passado, Moscou já forneceu entre 50 mil e 100 mil toneladas de arroz em momentos críticos, mas o atual volume acordado é significativamente maior e garante mais estabilidade ao abastecimento de alimentos.

Relatórios de inteligência da Coreia do Sul indicam que a maior parte da produção agrícola norte-coreana é composta por batatas e cereais menos nutritivos, tornando o fornecimento externo de arroz essencial para a manutenção da dieta da população. Com essa parceria, o governo de Kim Jong-un minimiza riscos de fome e reforça sua posição interna.

Parceria militar e tecnológica pode mudar o equilíbrio de forças na Ásia

Além do suporte financeiro e alimentar, a aliança entre Rússia e Coreia do Norte envolve a transferência de tecnologia espacial. Pyongyang tem investido no desenvolvimento de satélites militares de reconhecimento, e o suporte russo pode acelerar esses avanços, fortalecendo sua capacidade de monitoramento e defesa.

Fontes da inteligência sul-coreana apontam que a troca de tecnologia é um dos aspectos mais estratégicos do acordo, pois permite à Coreia do Norte alcançar novos patamares no desenvolvimento de armamentos e sistemas de vigilância. Esse avanço pode impactar diretamente o cenário militar da região e aumentar as tensões com os Estados Unidos e seus aliados.

Com essa aliança, Moscou também ganha uma nova ferramenta de barganha em suas relações internacionais. Assim como a China tem utilizado sua influência sobre a Coreia do Norte como um ativo diplomático, a Rússia pode usar a parceria para pressionar o Ocidente e fortalecer sua posição global em meio ao conflito na Ucrânia.

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Curiosamente, como reportado aqui no Sociedade Militar um vídeo divulgado pelo portal metrópolis mostra um novo interrogatório de um soldado norte-coreano capturado enquanto lutava pela Rússia na região de Kursk. Durante o depoimento, ele detalhou o treinamento recebido antes de ser enviado ao front, revelando que passou por instruções militares específicas para atuar ao lado das forças russas. O militar, identificado como membro do Exército de Kim Jong-un, também afirmou que teve documentos russos emitidos em nome de outra pessoa, sugerindo um possível esquema para ocultar sua verdadeira identidade.

Em outro momento do interrogatório, o soldado norte-coreano declarou que combatentes do seu país estão sendo explorados pela Rússia e enviados para o conflito sem plena consciência da resistência ucraniana. Segundo ele, esses soldados foram recrutados em um ambiente de total isolamento informacional, sem acesso a notícias externas, o que os torna vulneráveis à manipulação. Logo, a autoridade ucraniana responsável pelo interrogatório afirmou que esse tipo de prática demonstra o interesse russo em prolongar e intensificar a guerra utilizando forças estrangeiras.

Alves

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