Petrobras e Marinha unem forças em projeto inovador de R$ 100 milhões para monitoramento da Amazônia Azul, com dados precisos e tecnologia de ponta no Brasil

A Petrobras e a Marinha do Brasil anunciaram um investimento de R$ 100 milhões na expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO). Esse projeto visa modernizar o monitoramento da extensa costa brasileira, cobrindo desde a Bacia de Pelotas até a Margem Equatorial. Com o uso de tecnologias avançadas, o objetivo é aprimorar a coleta de dados oceânicos, reduzir custos operacionais e garantir maior segurança nas operações marítimas. A parceria também contribuirá para o desenvolvimento de novas práticas sustentáveis e avanços científicos.
A Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, tem grande potencial para exploração de águas profundas. Segundo Renata Baruzzi, diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, a colaboração com a Marinha do Brasil trará inúmeras vantagens, incluindo o compartilhamento de dados valiosos da Amazônia Azul com universidades e instituições de pesquisa. Isso fortalecerá o conhecimento sobre fenômenos marinhos e promoverá o uso consciente dos recursos oceânicos.
Tecnologia avançada para coleta de dados em parceria com a Petrobras
A iniciativa REMO em parceria com a Petrobras, utilizará dispositivos autônomos de última geração para monitorar o ambiente marítimo. Entre os equipamentos estão o SailBuoy e o glider. O SailBuoy, movido a energia solar e controlado remotamente, é capaz de operar continuamente em condições climáticas adversas. Ele oferece uma solução segura e eficiente para o monitoramento da Amazônia Azul em tempo real.
Já o glider é um veículo submersível que pode atingir profundidades de até mil metros. Ele coleta dados precisos sobre temperatura, salinidade e correntes oceânicas. A combinação dessas tecnologias permite uma redução significativa nos custos operacionais, com uma economia de até 90% em comparação aos métodos tradicionais que utilizam embarcações tripuladas.
Os dados coletados serão integrados ao Programa Nacional de Boias (PNBOIA), contribuindo para a melhoria da previsão de condições meteorológicas e oceanográficas ao longo da costa brasileira. A participação da Petrobras em outros programas, como o Proantar, amplia ainda mais o compartilhamento de informações cruciais para o desenvolvimento científico nacional.
Benefícios para segurança marítima e sustentabilidade
O projeto REMO em parceria com a Petrobras também fortalece a segurança das operações marítimas. Dados precisos e atualizados ajudam a mitigar riscos ambientais, como derramamentos de óleo, permitindo uma resposta mais ágil e eficiente para proteger a biodiversidade marinha. Os dados coletados aprimoram as operações navais e auxiliam em buscas e resgates durante emergências.
O compartilhamento de informações com a comunidade científica é outro ponto forte da parceria. As universidades parceiras terão acesso aos dados por meio do Banco Nacional de Dados Oceanográficos (BNDO), possibilitando pesquisas inovadoras e avanços tecnológicos.
Com um investimento total de R$ 100 milhões para os próximos cinco anos, o REMO reafirma o compromisso da Petrobras e da Marinha do Brasil com a inovação e a sustentabilidade. A utilização de tecnologias de ponta e a cooperação intersetorial são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento científico, a proteção ambiental e a segurança das operações marítimas em toda a Amazônia Azul.