O êxodo de oficiais aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB) tem chamado a muito a atenção. Entre os fatores apontados, destacam-se os baixos salários e a rotina de trabalho pouco previsível. As perspectivas de melhores salários na vida civil, com rotinas de trabalho mais amenas são alguns dos principais motivos apontados pelos jovens oficiais aviadores, engenheiros e médicos que pedem demissão da FAB, da Marinha e do Exército Brasileiro.

Vários oficiais aviadores pediram baixa

Estarrecidos, aos brigadeiros cabe somente encaminhar as solicitações de demissão para o Comandante da Força Aérea, Marcelo Kanitz Damasceno. Um dos oficiais que pediram baixa foi a oficial aviadora Gabriela A. F. Lettieri, festejada há poucos anos pela Força Aérea como uma das primeiras mulheres a ingressar na aviação militar da FAB. A oficial está entre as militares que solicitaram desligamento. Lettieri, que foi mencionada em uma reportagem do G1 em 2024, como instrutora na aeronave C-95 Bandeirante – utilizada em operações de transporte e em situações de guerra.

Entre os oficiais que pedem seu desligamento dos quadros da Força Aérea percebe-se vários no posto de capitão, que já tem – portanto – um tempo de serviço considerável na tropa e salários na casa dos 13 mil reais, o que é considerado insuficiente para um militar altamente capacitado.

Extrato do Diário Oficial da União e os 18 resultados para ” demissão do serviço ativo”

10 oficiais aviadores a menos nos últimos 30 dias

Nos últimos 30 dias, ao menos 10 oficiais aviadores tiveram seus pedidos de demissão aceitos pelo Comandante da Aeronáutica, entre os 18 que tiveram a baixa autorizada. Considerando as solicitações desde o início do ano, incluindo oficiais engenheiros, médicos e de outras especialidades, o número pode ser considerado alarmante.