Operação Acre da Marinha do Brasil mobiliza navio-hospital para levar saúde e cidadania às comunidades isoladas na Amazônia
A Amazônia, com sua vastidão de rios e comunidades isoladas, recebe um gesto de esperança e cidadania através da Operação ‘Acre’, liderada pela Marinha do Brasil. Iniciada em 21 de janeiro, a missão mobiliza o Navio de Assistência Hospitalar ‘Doutor Montenegro’ para levar serviços médicos e odontológicos essenciais a cerca de 20 mil pessoas nos estados do Amazonas e Acre. Em uma região onde o acesso à saúde é um desafio diário, essa ação reafirma o compromisso da Marinha com o bem-estar dos brasileiros.
Por quatro meses, comunidades ribeirinhas serão beneficiadas por uma estrutura de ponta e uma equipe dedicada, que enfrentará distâncias e obstáculos para atender quem mais precisa. É a saúde chegando onde parecia impossível.
Navio de Assistência Hospitalar “Doutor Montenegro” e uma equipe composta por 80 militares oferece uma ampla gama de serviços médicos
A Operação “Acre” destaca-se como uma das mais importantes iniciativas da Marinha na Amazônia. Durante quatro meses, o NAsH “Doutor Montenegro” percorrerá o Rio Juruá e seus afluentes, visitando municípios como Carauari, Itamarati, Juruá e Ipixuna, no Amazonas, além de Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, no Acre.
Com uma estrutura moderna e uma equipe composta por 80 militares, sendo 16 profissionais de saúde, o navio oferece uma ampla gama de serviços. Entre eles estão consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais, cirurgias de pequeno porte, mamografias, raio-X, vacinação e palestras educativas. Medicamentos essenciais também são distribuídos gratuitamente, assegurando o acesso ao tratamento de qualidade para comunidades ribeirinhas e indígenas.
Além do atendimento direto, a operação utiliza tecnologias avançadas, como equipamentos de raio-X com conversores de imagem digital e comunicação por satélite, o que garante maior precisão nos diagnósticos. Para alcançar locais onde o navio não consegue atracar, quatro lanchas de apoio são mobilizadas, ampliando o alcance da missão, de acordo com Agência Marinha de Notícias.
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Uma missão de esperança e cidadania para comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia
O impacto social e humano da Operação “Acre” é profundo. Em muitos casos, as comunidades atendidas só conseguem acesso a serviços médicos por meio dessas iniciativas da Marinha. “A Marinha consegue alcançar essas comunidades tão isoladas e levar esperança, assistência hospitalar e cidadania, reafirmando o compromisso com o povo brasileiro”, destacou o Capitão de Corveta Hallan Maforte, comandante do NAsH “Doutor Montenegro”.
O navio, batizado em homenagem ao médico Manoel Braga Montenegro, foi incorporado à Marinha em 2000 e é reconhecido como o “Navio da Esperança”. Equipado com dois consultórios médicos, dois ambulatórios odontológicos, laboratório de exames, sala de mamografia, sala de raio-X e farmácia, ele é uma verdadeira unidade flutuante de saúde, capaz de realizar procedimentos médicos e odontológicos mesmo nas localidades mais remotas.
Parcerias e transformações na ‘Operação Acre’
A Operação Acre conta com parcerias estratégicas com o Ministério da Saúde e organizações não governamentais, como a “Américas Amigas”, que contribuem para ampliar os resultados da missão. Essas colaborações permitem, por exemplo, que exames de mamografia realizados no navio sejam avaliados por especialistas, aumentando a eficácia no diagnóstico precoce de doenças.
Para os militares envolvidos, a missão vai além do trabalho técnico. É uma experiência transformadora, como relatou o Primeiro-Sargento Kelmo Oliveira Lopes, veterano da operação: “Encontramos pessoas vivendo em comunidades isoladas, que aguardam a chegada da Marinha para ter um pouco mais de assistência médica e odontológica. É impossível voltar a mesma pessoa depois dessa experiência”.
Com esta 25ª edição, a Operação “Acre” reafirma a presença do Estado brasileiro na Amazônia e o papel fundamental da Marinha do Brasil como agente de inclusão e cidadania. A missão garante que saúde e esperança cheguem a cada brasileiro, independentemente de onde ele viva.