Quarta Frota, bases militares e ultimato a Maduro: EUA cercam a Venezuela com apoio de aliados regionais

Os Estados Unidos intensificaram a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, montando um cerco militar com o apoio de aliados regionais, incluindo Colômbia e Trinidad e Tobago, além da reativação da Quarta Frota no Caribe. A movimentação, que envolve presença terrestre, naval e alianças estratégicas, culmina em um ultimato para que Maduro reconheça sua derrota e entregue a presidência a Edmundo Gonzales até 10 de janeiro.
A estratégia americana eleva as tensões geopolíticas na América do Sul e levanta questionamentos sobre o papel de outros países, como Brasil e Argentina, nesse cenário.
A Colômbia desempenha um papel estratégico no cerco à Venezuela, com nove bases militares americanas em seu território, segundo o site Global Research. Essas instalações funcionam como plataformas para monitoramento e potencial intervenção na região. O governo colombiano tem expressado preocupação com as tensões crescentes, temendo retaliações caso as bases sejam usadas em operações militares.
Outra peça-chave no xadrez geopolítico é a parceria entre os EUA e Trinidad e Tobago, que agora hospeda tropas americanas sob pretexto de segurança regional. Especialistas apontam que essa movimentação amplia o cerco à Venezuela. Além disso, a Quarta Frota, reativada em 2008, intensificou patrulhas no Caribe e na costa atlântica da América do Sul, com submarinos nucleares e porta-aviões equipados para reação rápida.
As relações entre Venezuela e Argentina também se deterioram. O presidente argentino acusou Maduro de ser “criminoso e mentiroso”, agravando a instabilidade regional. Enquanto isso, o Brasil, apesar de não possuir bases militares americanas, tem fortalecido acordos de cooperação em defesa, o que poderia colocá-lo como ponto logístico em eventual conflito.
Analistas alertam para o risco de escalada, com a Venezuela denunciando que o alvo principal é seu petróleo. A reativação da Quarta Frota e a presença constante de ativos navais americanos aumentam a pressão sobre Maduro, que enfrenta o ultimato de entregar o poder. Enquanto os EUA expandem sua influência militar no continente, a região se torna um campo de tensa disputa geopolítica.
Resta observar como os países envolvidos ajustarão suas estratégias diante de um tabuleiro cada vez mais complexo.