O Comando Militar do Leste (CML) emitiu uma nota após a circulação de um vídeo que revelou uma confraternização polêmica no 27º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio. Nas imagens, militares uniformizados aparecem com latas de cerveja, garrafas de whisky e narguilé, enquanto um grupo de pagode anima o evento. O vídeo rapidamente ganhou atenção nas redes sociais, suscitando críticas e levantando questionamentos sobre a conduta dos envolvidos.

Em sua nota, publicada pelo jornal carioca O Dia, o CML destacou que “foram adotadas as medidas administrativas necessárias” para esclarecer os fatos, identificar os envolvidos e atribuir responsabilidades. O Comando fez questão de ressaltar que a festa foi organizada mediante a “cotização dos militares participantes, sem a utilização de recursos públicos”. Até o momento, não há indícios de substâncias ilícitas no evento.

Em entrevista à Band, Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do BOPE, comentou que, embora confraternizações em unidades militares não sejam incomuns, é fundamental que sigam as normas da instituição. “Lamentavelmente, o que vimos nas imagens é um certo abuso no consumo de bebida alcoólica. Não entendo porque fumaram narguilé ali”, afirmou. Para ele, essas cenas caracterizam um “desregramento” que vai contra a conduta esperada de militares e deveriam ocorrer em ambientes fora do quartel.

O CML reiterou sua posição firme: “repudia, de forma veemente, qualquer desvio de conduta” e afirmou que todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir a disciplina. Uma sindicância foi instaurada para investigar o caso, reforçando o compromisso do Comando em agir com rigor para manter a ordem.

O caso é o segundo em poucas semanas, evidenciando uma série de investigações internas sobre festas em unidades militares.