O navio-veleiro da Marinha Cisne Branco, que foi à Europa no meio do ano participar de eventos da diplomacia militar em 11 países e teve uma pane, deve finalmente chegar ao Brasil em novembro. No dia 5 de junho, o Cisne Branco sofreu uma pane no sistema hélice de passo controlável (HPC) durante a travessia do Atlântico, 3 dias após desatracar de Açores com destino aos Países Baixos. 

Segundo a Folha de São Paulo, a embarcação, que estava a cerca de 740 km de Lisboa, conseguiu chegar à Base Naval da capital portuguesa em 11 de junho usando apenas a força do vento em suas velas e, desde então, esperava por reparos para poder voltar ao Brasil. 

O navio passou 14 dias nas imediações do Porto de Lisboa, em dique seco, para desmontagem do sistema propulsor, do leme e retirada do eixo que liga o motor à hélice. Depois, o Cisne Branco voltou à Base Naval enquanto o estaleiro realizava o reparo no sistema. A previsão era de que essa segunda fase seria encerrada em 30 dias. Mas o trabalho durou mais de 2 meses. 

Somente no dia 2 de outubro o Cisne Branco retornou ao estaleiro Naval Rocha, entrou na fase da montagem do conjunto propulsor e do leme, para depois passar por testes de funcionamento no cais e no mar. 

Até o momento, a Marinha teria gastado cerca de R$ 840 mil com o estaleiro português Naval Rocha para que fossem feitos os devidos reparos na hélice.

O Cisne Branco foi comprado pela Marinha de um estaleiro de Amsterdã em 2000 e custou cerca de US$ 15 milhões de dólares, algo próximo a R$ 27 milhões de reais considerando a cotação da época.

Segundo informações obtidas pela Revista Sociedade Militar junto ao Porto de Lisboa, o navio de 76 metros de comprimento, 48 metros de altura e 26 velas partiu da região do Estaleiro naval da Rocha no dia 16 de outubro de 2024. O site Marinetrafic, que monitora movimentações de embarcações em todo o mundo, confirma que a embarcação já partiu com destino ao Brasil.