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Após seca e queimadas, Inmet alerta perigo de chuvas intensas para 16 áreas no Sudeste e Centro-Oeste do país

por Alisson Ficher Publicado em 16/09/2024
Após seca e queimadas, Inmet alerta perigo de chuvas intensas para 16 áreas no Sudeste e Centro-Oeste do país

O perigo potencial é o risco de 50 mm de chuva por dia, além de ventos que podem atingir até 60 km/h. O alerta foi emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e abrange dezesseis áreas nos estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Embora o alerta não indique risco de corte de energia, alagamento ou queda de árvores, o estado de São Paulo está com alerta amarelo para chuvas. Apesar de não haver previsão de rajadas de vento significativas e o risco de alagamento ser baixo, recomenda-se que a população tenha cautela ao usar aparelhos elétricos e fique atenta a possíveis alterações nas encostas.

Além disso, os constantes focos de incêndio em várias regiões do país levantaram preocupações sobre a possibilidade de ações criminosas coordenadas contra a gestão política atual. Segundo a CNN, a ação seria orquestrada à distância, com grupos determinando onde iniciar os incêndios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados mais de 10 mil focos somente em agosto. A suspeita é de que os grupos responsáveis estejam espalhados por várias localidades no Brasil, e as investigações ainda estão em andamento. Um incêndio de grande repercussão é o do Parque Nacional de Brasília, que já consumiu 700 hectares e forçou moradores a evacuarem suas residências.

Lista dos municípios que poderão ser afetados pelas fortes chuvas

A origem do incêndio ainda não foi divulgada e está sendo investigada pela Polícia Federal. O Distrito Federal está há 146 dias sem chuvas.

Confira a seguir:

São Paulo:

  • São José do Rio Preto
  • Campinas
  • Ribeirão Preto
  • Araraquara
  • Vale do Paraíba
  • Araçatuba
  • Piracicaba
  • Macro Metropolitana Paulista
  • Bauru

Minas Gerais:

  • Porções sul
  • Sudoeste
  • Triângulo Mineiro
  • Alto Parnaíba

Rio de Janeiro:

  • Região metropolitana do Rio de Janeiro
  • Centro fluminense
  • Sul fluminense

Centro-Oeste:

  • Leste de Mato Grosso do Sul
  • Itajá

Posicionamento do judiciário

Nesta segunda-feira, 16 de setembro, Luis Roberto Barroso cobrou um posicionamento do judiciário sobre as queimadas. Durante seu discurso, Barroso destacou que há informações indicando que os incêndios na Amazônia e no Pantanal são causados por ação humana. O ministro também mencionou ter recebido uma ligação do presidente Lula, que expressou preocupação com a situação e com a impunidade até o momento. Em resposta, o ministro do Supremo, Flávio Dino, tomou medidas para combater as chamas, incluindo a contratação emergencial de brigadistas e a emissão de créditos fora dos limites fiscais, cuja autorização já foi concedida ao Governo Federal.

Flávio Dino também acionou a Polícia Federal e mencionou o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para priorizar ações e incentivos no combate às queimadas. É importante lembrar que o FUNAPOL tem como uma de suas funções a aquisição de equipamentos modernos e a capacitação contínua da Polícia Federal.

Especialistas preocupados

O efeito dos grandes incêndios e da fumaça tem causado grande preocupação entre especialistas de saúde, principalmente no que diz respeito a crianças e idosos, que são os principais grupos vulneráveis. O clima seco e a fumaça, que contém substâncias nocivas, têm provocado mal-estar generalizado. Entre as recomendações para minimizar os impactos da fumaça estão evitar deslocamentos para grandes distâncias, aumentar a ingestão de água e melhorar a ventilação nas casas. Além disso, a saúde pública deve ficar atenta ao aumento de problemas respiratórios e à possível piora em casos de pessoas já diagnosticadas com doenças respiratórias.

Alisson Ficher

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