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É a 1º vez na história que isso acontece! Mulher piloto de caça da Marinha dos EUA abate aeronave inimiga em combate ar-ar

por Jefferson S Publicado em 19/07/2024 — Atualizado em 20/07/2024
É a 1º vez na história que isso acontece! Mulher piloto de caça da Marinha dos EUA abate aeronave inimiga em combate ar-ar

Em um marco histórico para a aviação militar dos Estados Unidos, uma piloto de F/A-18F Super Hornet se tornou a primeira mulher a abater uma ameaça aérea inimiga em combate. A conquista ocorreu durante operações no Mar Vermelho, integrando uma série de estreias notáveis na recente implantação do grupo de ataque do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69).

Contexto da Operação

A piloto, que não teve sua identidade revelada, faz parte do Esquadrão de Caça de Ataque VFA-32, conhecido como “Espadachins de Combate”. Baseado na Estação Aérea Naval Oceana, na Virgínia, o esquadrão retornou recentemente aos Estados Unidos após uma operação de nove meses, iniciada em outubro de 2023.

Durante esse período, o grupo de ataque esteve intensamente envolvido na defesa de navios de guerra aliados e embarcações comerciais contra drones, mísseis e outros ataques perpetrados por militantes houthis, apoiados pelo Irã, no Iêmen.

Detalhes da Missão

O comunicado de imprensa da Marinha dos EUA destacou que os “Espadachins de Combate” voaram mais de 3.000 horas de combate e completaram cerca de 1.500 missões em apoio às Operações Inherent Resolve e Prosperity Guardian. Em uma dessas missões, a piloto em questão derrubou uma aeronave inimiga, marcando sua entrada na história da aviação militar dos EUA.

Embora o comunicado não tenha especificado quais armas foram utilizadas, sabe-se que os F/A-18E/F Super Hornets foram equipados com mísseis ar-ar AIM-9X Sidewinder e AIM-120 AMRAAM para enfrentar drones Houthi. Essa capacidade ampliada foi parte de um esforço para fortalecer a resposta contra as ameaças na região.

Impacto e Significância

A vitória aérea da piloto representa um avanço significativo para as mulheres na aviação militar. Em 2023, a Marinha celebrou 50 anos de mulheres na aviação naval. Atualmente, entre 7% e 12% dos pilotos da Marinha e cerca de 20% do pessoal total são mulheres. Esse marco histórico é especialmente significativo em um contexto onde, apesar da crescente participação feminina, as vitórias aéreas por pilotos mulheres ainda são raras.

Histórico de Conquistas Femininas

A conquista da piloto do VFA-32 junta-se a uma série de outros marcos na aviação militar feminina. Em 2020, a tenente J.G. Madeline Swegle tornou-se a primeira mulher afro-americana a pilotar jatos táticos na Marinha dos EUA. Em 2021, a tenente Amanda “Stalin” Lee fez história ao integrar a equipe de demonstração de voo dos Blue Angels.

No cenário internacional, pilotos femininas da Força Aérea Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, como a tenente Lydia Litvyak e a capitã Yekaterina Budanova, já haviam registrado vitórias aéreas. No entanto, a recente conquista no Mar Vermelho destaca a continuidade e o progresso das mulheres na aviação de combate.

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.