No mundo da defesa, existem algumas aeronaves que, mesmo décadas após sua apresentação inicial, continuam sendo uma peça-chave das operações militares de várias nações. Recentemente, falamos sobre o F-16,o avião de combate mais operado do mundo, suas versões, armamentos e países que o utilizam. Agora é a vez de falar de outro produto lendário feito para o exército: o helicóptero AH-64 Apache.

Não há dúvidas de que o AH-64 Apache é um dos helicópteros de combate mais famosos do mundo. O modelo original foi concebido pela Hughes Helicopters, empresa que foi adquirida pela McDonnell Douglas em 1984 e que, acertadamente, decidiu continuar com seu desenvolvimento. Dois anos depois, em 1986, a primeira unidade operacional desse titã dos céus com cabine em tandem entrou em serviço.

Um helicóptero tão lendário quanto avançado

As melhorias começaram a surgir desde uma fase muito inicial. O modelo AH-64A recebeu atualizações de propulsão nos primeiros anos. Após a Operação Tempestade no Deserto, foi proposto o helicóptero AH-64B, uma versão aprimorada com novas pás de rotor, novo sistema GPS e novo rádio, mas o Congresso não deu luz verde, e as melhorias foram implementadas no modelo AH-64A.

Com o passar do tempo, apareceu o AH-64D, que recebeu um sistema de detecção e rastreamento de alvos e controle de disparos (FCR) AN/APG-78 Longbow e um interferômetro de frequência de radar (RFI), alojado sobre o rotor principal, entre outras melhorias. A produção desta aeronave continuou mesmo após a fusão entre Boeing e McDonnell Douglas, concretizada em 1997.

Dados de interesse do AH-64E apache do Exército

O modelo mais recente é o helicóptero AH-64E, que incorpora tantas melhorias que se espera que continue sendo fabricado até 2028. Mas estamos falando apenas de fabricação. Em termos operacionais, o Exército dos Estados Unidos prevê utilizar essas aeronaves até a década de 2060. Mas, o que elas incorporam para ter tal capacidade de futuro e aparentemente continuar servindo no campo de batalha por décadas? Vamos ver.

Em termos de missões, esta última iteração (e parece que será a última, pois o helicóptero AH-64F não será fabricado), conta com o que há de mais moderno em conectividade com o sistema digital de comunicações do Exército. Isso permite que ele receba e compartilhe dados das missões em tempo real com a base de operações e outros ativos implantados. Os pilotos, por sua vez, estão alojados em uma cabine tecnologicamente avançada.

As telas são sensíveis ao toque e o capacete possui o Sistema Integrado de Mira de Capacete e Display (IHADSS), que permite que o canhão siga os movimentos da cabeça para melhorar a capacidade de disparo. Os controles de missão, por sua vez, foram redesenhados para serem mais intuitivos. Falando sobre controle de voo, foram incluídos controles com feedback tátil.

No quesito armamento, o helicóptero AH-64E pode manejar uma variedade de opções. Desde munições de precisão de longo alcance (LRPM) até armas de energia dirigida (DEW). Estamos falando de mísseis AGM-114 Hellfire, foguetes Hydra 70, sistema de disparo a laser e canhões de cadeia M230 de 30 mm. Quando o helicóptero está armado, ele adquire uma aparência realmente intimidadora.

Como descreve a National Interest, estamos diante de uma aeronave que não parou de evoluir desde sua apresentação há décadas e que construiu a reputação de “poder destruir qualquer coisa”. Uma das últimas grandes melhorias que este lendário helicóptero recebeu é um sistema chamado “Link 16”. Estamos falando de uma arquitetura que facilitará futuras atualizações para garantir seu ciclo de vida estendido.

Imagens | Departamento de Defesa | Boeing