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Frustraram planos de longo prazo dos criminosos: Forças Armadas destroem acampamentos, motores de barcos e geradores de energia usados por garimpo ilegal na terra Yanomami

por Campos 25/06/2024
Frustraram planos de longo prazo dos criminosos: Forças Armadas destroem acampamentos, motores de barcos e geradores de energia usados por garimpo ilegal na terra Yanomami

As Forças Armadas destruíram 5 acampamentos montados por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação, que integra a Operação Catrimani II, aconteceu nos últimos dias 21 e 22 de junho e foi executada em conjunto com Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e Polícia Federal.

Os acampamentos estavam vazios quando os 12 militares, 2 integrantes do Ibama e 2 agentes da PF chegaram, mas na fuga os criminosos deixaram para trás equipamentos de cozinha, roupas, tendas grandes e refrigeradores, indicando que os espaços eram usados para permanência a longo prazo.

Na ação foram destruídos ainda 9 motores de barco e 5 geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades criminosas.

Na foto divulgada pelas Forças Armadas, equipamentos dos criminosos são explodidos

O grande objetivo do Ministério da Defesa é interromper a logística das atividade ilegais de garimpo e atender à população indígena Yanomami, afetada diretamente pelos garimpeiros.

Desde o início das ações dos militares em 2023, as águas dos rios, por exemplo, já deixaram de ser barrentas por conta da diminuição da extração de ouro e cassiterita na região.

Comando operacionou montou base na Terra Indígena

Na primeira quinzena de junho, as Forças Armadas finalizaram a montagem da Base de Pakilapi, que servirá de apoio às ações da Operação Catrimani II.

A estrutura, que será utilizada por agências e órgãos de segurança pública, pode acomodar em torno de 50 pessoas.

Devido à área ser isolada, com densas matas, pistas precárias e outras condições adversas, foi necessário o uso de aeronaves da FAB, do Exército e da Marinha.

Recentemente, o AvHoFlu Rio Negro (Aviso Hidroceanográfico Fluvial) se tornou o primeiro navio da Marinha do Brasil a navegar dentro da Terra Indígena Yanomami.

Ele realizou sondagem operativa no Rio Catrimani e foi recebido com acenos de dezenas de crianças indígenas que acompanhavam a operação nas margens do Rio.

Com tropas de elite e lanchas blindadas, além de outras embarcações, a Marinha assumiu no início deste mês de junho o comando do Estado-Maior Conjunto da Operação Catrimani II.

O Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela substituiu o Brigadeiro do Ar Steven Meider, da FAB (Força Aérea Brasileira), no cargo de Chefe do Comando Operacional.

Operação Catrimani

A Operação Catrimani teve sua primeira fase de janeiro a março deste ano e atendeu mais de 230 comunidades indígenas, com doações de mais de 360 toneladas de alimentos. Essa segunda fase começou em 1º de abril.