• Por Brandon J. Weichert

O crescimento militar da China pode levar a Marinha dos EUA a considerar algum tipo de embarcação híbrida que mescle as melhores ideias de submarinos e porta-aviões em um poderoso navio de guerra.

A crescente tensão entre a China e Taiwan, evidenciada pelos extensos exercícios militares chineses em torno da ilha, sublinha a importância de uma força submarina robusta para a Marinha dos EUA.

Este contexto geopolítico pressiona os EUA a considerar inovações que aumentem suas capacidades de combate, e uma dessas inovações pode ser a criação de um híbrido entre submarino e porta-aviões.

Recentemente, a China realizou exercícios militares em resposta à posse do novo presidente pró-independência de Taiwan. Taiwan reagiu mobilizando mísseis antinavio supersônicos e navios da guarda costeira, uma clara preparação para um potencial bloqueio ou invasão chinesa.

Essa situação destaca a necessidade urgente de fortalecer a capacidade submarina dos EUA para enfrentar os sofisticados sistemas anti-acesso/negação de área (A2/AD) da China.

Os sistemas A2/AD da China, integrando mísseis, foguetes e armas hipersônicas com sensores de longo alcance, representam uma ameaça significativa aos navios de guerra de superfície dos EUA.

Esses sensores, que vão de balões atmosféricos a satélites de vigilância, podem localizar e rastrear navios a uma distância de até 1.000 quilômetros, tornando essencial para os EUA desenvolver novas estratégias de combate à distância e aumentar sua furtividade.

A Marinha dos EUA enfrenta dificuldades em adquirir submarinos suficientes devido às limitações dos estaleiros americanos. Portanto, é crucial aumentar rapidamente as capacidades submarinas, não apenas nos EUA, mas também entre as marinhas aliadas.

Além disso, os veículos subaquáticos não tripulados (UUVs) estão sendo testados para operar discretamente perto das costas inimigas, superando as defesas A2/AD chinesas.

Inspirado por um conceito da Marinha Imperial Japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, a ideia de combinar as capacidades de um porta-aviões com as de um submarino está ganhando força.

O protótipo japonês, que podia lançar hidroaviões equipados com torpedos, poderia ser adaptado para os tempos modernos, utilizando enxames de veículos aéreos não tripulados (UAVs) em vez de hidroaviões. Este híbrido submersível pode ser a chave para contornar o bloqueio A2/AD da China e manter a superioridade militar dos EUA.

Link do artigo original: https://nationalinterest.org/blog/buzz/sub-carrier-merge-together-aircraft-carrier-and-submarine-207492

Sobre o Autor

Brandon J. Weichert é analista de segurança nacional do National Interest, ex-assessor do Congresso e colaborador de publicações como The Washington Times e Asia Times.