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Europa está se preparando para uma grande guerra, afirma correspondente de gigante europeu

por Jefferson S Publicado em 13/05/2024
Europa está se preparando para uma grande guerra, afirma correspondente de gigante europeu
Militares belgas descansam após combate / Reprodução Internet

A iminência de uma guerra mundial está gerando crescente preocupação entre os líderes da União Europeia (UE). A situação geopolítica atual, marcada por conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, está forçando a Europa a repensar suas prioridades e a se preparar para possíveis disputas armadas. É o que revela BJARKE SMITH-MEYER em artigo publicado no POLITICO.

Conversas entre altos funcionários da UE, que preferiram não se identificar, revelam que a preparação para um possível conflito militar está no topo da agenda. Este movimento ocorre em um momento crucial, com mudanças nos principais órgãos da UE e a reconstituição do Parlamento Europeu.

Francesco Nicoli, economista político do think tank Bruegel, de Bruxelas, alerta sobre a necessidade de uma resposta coletiva para evitar uma guerra maior dentro da União Europeia. “Precisamos agir ou corremos o risco de um conflito muito maior”, afirmou.

Os piores cenários, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, a ampliação da guerra entre Israel e Hamas e um possível ataque da China a Taiwan, agora são considerados ameaças reais. No Reino Unido, o general Patrick Sanders, chefe do Exército, pediu ao governo para “mobilizar a nação” em preparação para uma guerra com a Rússia.

Historicamente, a política de defesa tem sido uma preocupação nacional. No entanto, a precariedade da situação atual está levando a UE a considerar mudanças drásticas em suas políticas de gastos. Entre as ideias discutidas está a arrecadação conjunta de fundos nos mercados de dívida para financiar a defesa, algo que antes seria impensável.

Outra proposta inclui o reaproveitamento dos empréstimos não utilizados do fundo de recuperação pós-pandemia da UE e a utilização dos Fundos de Coesão para reforçar as capacidades de defesa de países fronteiriços com a Rússia. Há também a possibilidade de criar um rótulo de investimento para fundos focados em defesa, permitindo que gestores de ativos invistam em projetos de defesa.

A principal questão agora é a rapidez com que Bruxelas deve agir e em que a UE deve gastar seu dinheiro. A reeleição de Joe Biden poderia aliviar a pressão, permitindo um ritmo mais constante de implementação. No entanto, o retorno de Donald Trump à Casa Branca poderia acelerar drasticamente essas iniciativas.

Para Karel Lannoo, presidente-executivo do Centro de Estudos de Política Europeia, é crucial que os europeus adaptem sua mentalidade para enfrentar esta nova realidade. “Não devemos ter vergonha de aumentar os gastos com defesa porque estamos defendendo o que é precioso para nós”, afirmou.

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.