Oppenheimer reina supremo: análise aponta conclusões sobre a 96ª Edição do Oscar
Foi uma noite explosiva na 96.ª cerimônia do Oscar. O longa Oppenheimer conquistou o maior número de prêmios, ao mesmo tempo que manifestantes aproveitaram os holofotes para chamar a atenção para os conflitos em Gaza e na Ucrânia.
Do lado de fora do Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia, o trânsito ficou totalmente parado enquanto manifestantes pediam um cessar-fogo em Gaza. O conflito no enclave palestino já dura cinco meses.
Dentro do auditório, atores e artistas também aproveitaram suas vitórias para clamar pela paz, valendo-se de temas apresentados nos diversos filmes indicados.
Oppenheimer limpa com sete vitórias
Com 13 indicações, Oppenheimer foi o favorito na cerimônia da noite. E cumpriu as previsões iniciais sobre seu sucesso no Oscar, com sete vitórias nas principais categorias.
Com seu retrato emocionante de J. Robert Oppenheimer, o chamado pai da bomba atômica, o filme Oppenheimer começou a noite lenta mas rapidamente ganhou impulso, conquistando alguns dos maiores prêmios da cerimônia.
Robert Downey Jr. conquistou a primeira vitória da noite com seu tão esperado troféu de Melhor Ator Coadjuvante.
O filme também rendeu a tão esperada vitória na categoria de Melhor Diretor para Christopher Nolan, cuja relação com o Oscar remonta a mais de duas décadas.
Nolan foi indicado pela primeira vez ao Oscar em 2002, com o filme sobre perda de memória Memento. No entanto, embora seus filmes tenham ganhado prêmios importantes no Oscar, o próprio Nolan sempre saiu de mãos vazias.
Isso mudou, porém, com a cerimônia deste domingo. Nolan não apenas conquistou o prêmio de Melhor Diretor, mas sua esposa, a produtora Emma Thomas, subiu ao palco com ele para receber o prêmio de Melhor Filme, o troféu mais cobiçado da noite.
Apresentador Kimmel detona Trump no palco
As divisões políticas nos EUA – e as eleições presidenciais que se aproximam em Novembro – também influenciaram os acontecimentos da noite.
Em um momento de arregalar os olhos, o ator e lutador John Cena apareceu nu no palco para entregar o prêmio de Melhor Figurino.
Contudo, Jimmy Kimmel, quatro vezes apresentador do Oscar, não resistiu em adicionar um pouco de humor político aos comentários temáticos do filme da noite.
Kimmel reapareceu no palco para ler uma postagem maldosa nas redes sociais dirigida a ele próprio. O autor era ninguém menos que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, alvo frequente da comédia de Kimmel.
“Já houve um apresentador pior do que Jimmy Kimmel no Oscar?” Kimmel disse, lendo a postagem de Trump. “Obrigado por assistir”, respondeu Kimmel. “Já não está na hora de servir sua pena de prisão?”
