Marinha naufraga na internet! Surpreende muito a repercussão de post sobre aniversário do Corpo de Fuzileiros

Não é surpresa que o Exército seja a Força Armada com mais engajamento nas redes sociais. Qualquer postagem do EB, a respeito de qualquer assunto alcança rapidamente centenas de comentários e dezenas de milhares de visualizações.
No X(ex-Twitter) a Marinha do Brasil tem pouco mais de 922 mil seguidores. Esse número representa 41% dos seguidores da Força terrestre, que gira em torno de 2,2 milhões de internautas. Basta lembrar que o perfil do governo federal no Twitter tem meros 672,7 mil seguidores.
As Forças Armadas têm, portanto, relevância considerável na comunicação moderna. Acontece que o adágio “falem mal, mas falem de mim” pode até ser adequado e vantajoso para subcelebridades decadentes, mas não é o ideal para uma instituição de Estado secular.
Uma postagem de hoje sobre os 216 anos dos fuzileiros navais, intitulada “Na vanguarda que é honra e dever!” remete a uma matéria extensa e bastante elucidativa dessa que é considerada “a tropa de elite da Marinha do Brasil” e “vetor de excelência na projeção do Poder Naval sobre terra.”
“O pronto emprego, a capacidade expedicionária e o caráter anfíbio diferenciam os Fuzileiros Navais de outras tropas regulares, a começar no nível individual. Não temos recrutas no CFN. Todos os seus integrantes são voluntários, selecionados mediante concurso público, passam por exigentes processos de formação e são submetidos à capacitação e avaliação constantes. Isso nos garante uma tropa com alto grau de profissionalismo, formada por combatentes motivados, autoconfiantes e resilientes”, destaca a matéria no site da Marinha.
Fizemos uma pesquisa em postagens antigas da Marinha no Twitter sobre os Fuzileiros Navais entre 2006 e 2018. A maioria esmagadora é de avaliações positivas, passando de felicitações aos militares a entusiásticos elogios à Força naval.
Tão logo os militares foram lançados – ou se lançaram (já não faz mais tanta diferença) – na política, entre 2019 e 2022, o que se viu foi um amálgama de decepção política com desconhecimento sobre os deveres e limites das Forças Armadas.
No caso particular dos Fuzileiros Navais, os militares que, até 2018 eram louvados como heróis da tática e da precisão bélica, tornaram-se mero motivo para achincalhe e detração pura e simples.
Abaixo, respostas do público à postagem de 8 de março de 2024.
https://twitter.com/marmilbr/status/1765803868036755625
Texto de J.B.Reis