“Há muitos oficiais para pouca tropa. É sinal de Ineficiência”, avalia especialista da FGV

Em entrevista à Folha de São Paulo, o cientista político Octavio Amorim Neto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), afirmou que nas Forças Armadas brasileiras existem muitos oficiais para pouca tropa, e que isso seria um sinal de ineficiência do orçamento.
As declarações do cientista político foram dadas a reportagem que afirma que 85% do uso do orçamento militar é gasto com salários e benefícios e apenas 5% com investimentos, distanciando o Brasil das referências da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
De acordo com Octavio, o Brasil precisa romper o padrão orçamentário tradicional que seria típico de países em desenvolvimento, que é o de privilegiar gasto com pessoal.
Ele afirmou:
“O desafio brasileiro seria romper esse padrão orçamentário tradicional e típico de países em desenvolvimento, que privilegiam o gasto com pessoal”.
“Há muitos oficiais para pouca tropa. É sinal de ineficiência, tem a ver com a organização das Forças. […]. É legítimo que se aumento o gasto militar e se dê previsibilidade, mas o Congresso tem que exigir uma contrapartida das Forças Armadas. Racionalizar seus gastos, reduzirem o topo”.