Estadão (e outros) cometem erro ao se referir a Restinga de Marambaia como praia privada das Forças Armadas


Na edição de 25 de dezembro, o jornal Estadão cometeu um erro ao se referir ao local onde o presidente Lula passará o Reveillón. O jornal descreveu o local como uma praia privativa controlada pelas Forças Armadas (Lula confirma virada do ano em ‘praia privativa’ controlada pelas Forças Armadas). No entanto, tal descrição é imprecisa e pode levar a mal-entendidos.
Na verdade, a Restinga de Marambaia, localizada nos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba, é uma “área militar”, de caráter público, controlada pelo Exército, pela Marinha ou pela Aeronáutica, conforme a lei — a exemplo da área onde ocorreram os eventos do 8 de janeiro.
O que são áreas militares
As áreas militares são espaços designados para uso e operações militares. Elas são controladas pelas Forças Armadas e o acesso a elas é restrito e monitorado por razões de segurança. No entanto, isso não significa que sejam “privativas”. Elas são, na verdade, áreas de interesse público que estão sob supervisão militar.
A confusão entre “praia privativa” e “área militar” é significativa, especialmente quando se considera a história do local como ponto de descanso presidencial. Outros ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro, também escolheram a Restinga de Marambaia para momentos de repouso.
Ofensa às Forças Armadas
A afirmação de que a Restinga de Marambaia é uma praia privativa insinua que o local é usado para fins particulares, o que não é verdade.