Ausência de ação contra generais é condenada por professor da Unisinos

Em um artigo publicado em 16 de julho no portal ICL Notícias, Lenio Streck, advogado, jurista e professor de direito na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS), falou sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Streck, autor de 82 livros e 360 artigos em revistas especializadas, discutiu a relevância e o impacto da delação nas investigações sobre alegações de um golpe de Estado planejado contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 8 de janeiro.
Segundo Streck, a delação de Cid até o momento não produziu resultados concretos nas investigações. Ele expressou preocupação com a aparente falta de ação contra figuras de alto escalão, mencionando a ausência de investigações sobre os generais que assinaram um manifesto em 11 de novembro, que supostamente defendia um golpe.
O jurista também questionou a falta de atenção da mídia e das autoridades em relação a outras figuras-chave, como o ex-ministro da Justiça e o general Augusto Heleno, citando a descoberta de uma minuta de golpe na residência do ex-ministro.
“De todo modo, já se deram conta de que se passaram quase 12 meses e até agora o resultado das investigações do golpismo é quase zero?
“Estão sendo condenados os componentes da choldra. Pegaram a ratatulha. E ficaram de fora os grandes….”
“Os generais que fizeram o manifesto de 11 de novembro, neca de nada. O tal manifesto vitaminou o agir dos golpistas. Nem foram ouvidos.”
Streck usou uma metáfora, comparando a situação política do Brasil com a lenda do Curupira, sugerindo um retrocesso no país.
“Enfim, como escrevi na semana passada, andamos com os pés de Curupira. Pensamos que vamos para a frente, mas vamos para trás. No final das contas, nem Curupira sabe para que lado vai”, disse.
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