General investigado por fraude em compra de coletes balísticos afirma que General Braga Netto prometeu ajudar

O General da reserva Paulo Assis encontra-se no centro de uma investigação de fraude. As suspeitas giram em torno de compras realizadas durante uma intervenção federal de segurança pública no Rio de Janeiro.
Segundo a Folha de São Paulo, o Palácio do Planalto teria recebido a visita de Assis 25 vezes durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.
O militar da reserva é suspeito de interferir em favor da empresa norte-americana CTU Security. A empresa, especializada em equipamentos de segurança, aparece no relatório da Polícia Federal.
Algumas das visitas de Assis ao Palácio do Planalto coincidiriam com os dias em que ele teria interferido a favor da CTU Security.
A Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Federal, está investigando a aquisição de coletes balísticos pelo Gabinete de Intervenção Federal.
Este gabinete era liderado pelo General da reserva Valter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro.
A CTU Security teria recebido uma carta de crédito de R$ 35,9 milhões em janeiro de 2019 para fornecer coletes balísticos. No entanto, o material nunca foi entregue.
O contrato foi suspenso em setembro de 2019 devido a suspeitas na documentação da empresa.
Após a suspensão do contrato, representantes da CTU entraram em contato com o general Paulo Assis. Ele prometeu usar sua influência para ajudar a destravar o processo.
No entanto, o contrato foi anulado.
Assis fez várias visitas ao Palácio do Planalto, onde se encontrou com o órgão responsável pela análise do caso.
Ele também se referiu a encontros com Braga Netto, que na época era chefe do Estado-Maior do Exército.
Assis afirmou que Braga Netto prometeu interferir a favor da CTU Security.
Braga Netto afirmou, em nota, que “os contratos do Gabinete de Intervenção Federal seguiram absolutamente todos os trâmites legais previstos na lei brasileira”.
Fonte: Folha de São Paulo