
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que investiga eventos relacionados ao governo de Jair Bolsonaro, está direcionando suas atenções para os militares que ocupavam cargos durante sua administração.
Segundo informações do portal Metrópoles, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), planeja apresentar uma série de demandas prioritárias para investigação na reunião desta terça-feira (22/08).
O foco é expandir a investigação para incluir militares de alto escalão do Exército, após implicações diretas ao ex-presidente em outros casos.
A senadora Gama pretende convocar novamente o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que está preso desde maio. A comissão busca garantias do Supremo Tribunal Federal (STF) para que Cid não permaneça em silêncio durante os depoimentos.
Em sua primeira convocação, em 11 de julho, o tenente-coronel evitou responder até mesmo questões básicas sobre sua identidade. Além de Cid, outros nomes militares estão na mira da comissão, incluindo o general Mauro Lourena Cid, o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Este último entrou no radar após declarações do hacker Walter Delgatti Neto sobre um encontro para discutir a invasão de urnas eletrônicas.
Generais como Augusto Heleno e Walter Braga Netto também foram convocados pela comissão, com datas de depoimento ainda a serem definidas.
Outro nome que surge é o do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, Gonçalves Dias. Ainda que sua convocação seja vista como crucial, não há consenso entre os governistas sobre a necessidade de seu depoimento.
A citação do portal Metrópoles destaca: “Há a sensação, por parte destes governistas, que GDias será largado à própria sorte pelo Palácio do Planalto, assim como foi na CPI do MST”.