Exército Brasileiro quer novo sistema de artilharia
O Exército Brasileiro divulgou sua tão esperada solicitação de proposta e de licitação para um sistema de artilharia autopropulsada de 155 mm. A iniciativa, divulgava no início do mês, é um marco importante para o esforço da Força para substituir parte de seus obuseiros M114A1.
A Comissão do Exército Brasileiro em Washington, o CEBW, emitiu o documento em nome do Comando Logístico do EB. Segundo o portal Janes, o CL deseja obter um veículo blindado de combate autopropulsado de 155 mm como parte do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld).
O projeto, chamado de VBCOAP 155 SR, visa adquirir inicialmente duas viaturas iniciais para avaliação no Centro de Avaliações do Exército. Posteriormente, mais 34 sistemas devem ser adquiridos para armar três grupos de artilharia. Os documentos iniciais não forneceram nenhum detalhe sobre o cronograma de aquisição.
Requisitos mínimos
A última edição dos requisitos operacionais, técnicos, logísticos e industriais do para o projeto foi publicada em julho.
No documento, os principais requisitos exigidos são:
- O armamento principal deve ser um obuseiro de calibre 155 mm, do mesmo padrão da OTAN. O comprimento deve ser igual ou superior a 52 calibres. Sua capacidade de alcance deve ser de no mínimo 20 km utilizando munição convencional e 30 km com munição assistida.
- É necessário possuir a habilidade de atingir alvos com uma precisão de área menor do que 80 metros para disparos a 20 km e 120 metros para disparos a 30 km.
- O veículo precisa também ser dotado de tração em todas as rodas para facilitar a movimentação em diversos tipos de terreno. O sistema de direção, freios e amortecimento necessita atingir uma velocidade máxima de 70 km/h . A autonomia deve ser superior a 500 km sem a necessidade de reservatórios complementares.
- O sistema deve ser capaz de entrar em posição e realizar um disparo em menos de três minutos, além de sustentar uma cadência de tiro contínua de pelo menos quatro tiros por minuto.
- Para garantir a proteção da tripulação, é necessário contar com uma blindagem básica capaz de resistir à penetração de projéteis de calibre 7,62 x 51 mm.
- Além disso, o sistema deve integrar sistemas de navegação inercial e posicionamento global por satélite (GPS ou equivalente), conectados a equipamentos que possam fornecer dados de posição e condições da peça por meio de uma rede sem fio.
- O sistema deve incluir provisões para o conjunto de comunicações padrão do exército e o sistema de coordenação e comando de artilharia IMBEL Gênesis.
Fontes: Janes / Exército Brasileiro
