Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.

General Heleno à CPI dos Atos Antidemocráticos: “Não existe politização do GSI”

por Sérvulo Pimentel Publicado em 01/06/2023
General Heleno à CPI dos Atos Antidemocráticos: “Não existe politização do GSI”

O general Augusto Heleno, ex-comandante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro, participou nesta sexta-feira (01) da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Durante seu interrogatório, o general abordou alguns pontos relevantes em relação à transição para seu sucessor no GSI, o general G. Dias, e à falta de conotação política no órgão.

Durante seu depoimento Heleno abordou a transição para seu sucessor, o general G. Dias, e enfatizou a falta de “conotação política no GSI”, defendendo que a permanência de grande parte da equipe se dá por herança de governos anteriores.

General Heleno fala a CPI dos atos Antidemocráticos – Youtube

 

Em resposta ao deputado Pastor Daniel de Castro (PP-DF), Heleno mencionou que franqueou o acesso ao General G. Dias e teve contato telefônico com ele, colocando o GSI à disposição para qualquer necessidade. 

“Eu franqueei o acesso ao General G. Dias. Tive um contato telefônico com ele e coloquei à disposição o GSI”, disse Heleno.

Em seguida, questionado pelo mesmo deputado sobre ser comum a manutenção no GSI da mesma equipe do ministro anterior, Heleno enfatizou que a classificação dos militares para o GSI é uma atribuição dos ministérios militares e que, geralmente, a maior parte da equipe é herdada de governos anteriores.

Ele ressaltou que não há conotação política no GSI e afirmou não haver perigo de sabotagem devido a preferências políticas individuais. Segundo Heleno, a permanência de membros da equipe é normal e não representa um problema, uma vez que a escolha não está relacionada a alinhamentos políticos.

“A classificação dos militares para o GSI é atribuição dos ministérios militares. O pessoal da Marinha é a Marinha quem indica. Não sou eu quem peço fulano. Tem algumas funções no GSI que são colocados elementos que são da escolha do ministro, mas noventa e cinco por cento são herdados, porque não existe conotação política no GSI.

Não tem nenhum perigo de sabotagem porque um fulano torce por sicrano. Isso não existe, é uma coisa que não acontece no GSI. Então é normal que boa parte permaneça. No meu efetivo do GSI garanto que noventa por cento tinha vindo de governos anteriores e não há nenhum problema”, disse.

Sérvulo Pimentel

Sérvulo Pimentel