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General VILLAS BÔAS cita MILITARES da TURQUIA e fala sobre INTERVENÇÃO MILITAR – Pontos importantes que foram ignorados.

por Sociedade Militar Publicado em 25/06/2017

General VILLAS BÔAS cita MILITARES da TURQUIA e fala sobre INTERVENÇÃO MILITAR – Outros pontos importantes que foram ignorados pela maior parte dos observadores / jornais

Segundo o general, em discurso realizado no SENADO em 22 de junho, vivemos um momento perigoso. Para ele estamos num processo de fragmentação porque não possuímos densidade de pensamento, sentido de projeto. O general falou também em perda de tempo e interrupção do crescimento por causa de polarização com base em dispulas filosóficas já ultrapassadas.

“O Brasil não tem outra alternativa que não seja potência… estamos presos a esquemas mentais políticos ideológicos que ficaram para trás… ”. 

O general tem deixado claro que há coesão entre os militares federais, afastando qualquer sugestão de que setores dentro das FA são a favor de ações que divergem do que é determinado pelo comando.

Para o general VILLAS BÔAS as discussões sobre a chamada INTERVENÇÃO MILITAR são completamente irrelevantes e descontextualizadas. O militar usou o termo ANACRONISMO.

Ha alguns meses o general chegou a dizer que entendia os pedidos de intervenção como um clamor pelo retorno de princípios ainda em vigor na caserna, como verdade e honra. Contudo, na palestra dessa semana o militar deixa claro que vê esses pedidos como um clamor para que as FA intervenham de fato na política, assumam as redeas da situação. 

“55% da população é favorável a uma intervenção militar… isso também é muito triste, que a população veja como alternativa uma intervenção militar, as pessoas até não percebem mais que isso é absolutamente anacrônico…”

O general disse ainda que caso haja emprego das Forças Armadas jamais haverá favorecimento de um ou outro lado do espectro político, o foco será a preservação da lai e da ordem.

Villas Bôas citou o caso da TURQUIA, onde os militares das Forças Armadas tentaram derrubar o governo e acabaram causando efeito contrário, fortalecendo mais ainda o Primeiro Ministro Recep Erdorgan.

Os militares TURCOS caíram na armadilha da aparente “vontade popular” e foram dizimados após a atrapalhada milicada realizada no país. A ação revelou, entre outras coisas, que havia fissuras na aparente coesão das forças armadas turcas.

Para entender melhor veja os textos abaixo, publicados na Revista Sociedade Militar

Armadilha para os MILITARES! Idolatrados por parcela da sociedade que os via como os salvadores da pátria, soldados turcos foram pegos em uma grande arapuca.

Forças ARMADAS reduzidas a 1/3 na TURQUIA podem gerar instabilidade REGIONAL

Na mesma palestra o comandante do Exército critica o acordo que limita o alcance dos mísseis utilizados pelas nossas forças armadas. Para o general esse tipo de limitação seria coerente para um país de pequena extensão territorial, não para o Brasil.

Veja o texto: Não temos possibilidade de nos defender. Denuncia de coronel do Exército Brasileiro.

Villas Bôas falou também que o Exército Brasileiro deve reduzir em mais de 25 mil o número de militares. O general, sutilmente, deixou claro que não há qualquer sentido em se investir em estratégias / material / tropas para dissuasão em relação a países como Paraguai e Uruguai.

Lembrando do período que passou na CHINA, dois anos, o general fala que na época as adidâncias militares eram somente um escritório, ou pouco mais do que isso. O militar diz que atualmente as adidâncias servem como uma espécie de ponte para busca de oportunidades no exterior.

Sobre o HAITÍ, realizando uma pós-análise, o militar lembra que não se fez um esforço para trazer haitianos e matriculá-los em nossas universidades, formando uma elite intelectual que, após regressar para seu país, estivesse vinculada ao Brasil, gerando oportunidades futuras para implantação de negócios brasileiros no HAITÍ. Para o militar a única vantagem que ganhamos foi o vínculo afetivo.

Algumas “alfinetadas” foram importantes. O comandante do Exército deixou claro que ao atuar em missões reais em missões de paz da ONU os militares brasileiros estão mais a vontade do que atuando no próprio Brasil, onde a legislação os limita e não há proteção jurídica. Não é reconhecido nem o direito de defesa de quem está fardado. O general descreve casos em que militares detectam marginais armados em vielas de favelas mas somente têm autorização para agir se o elemento armado apontar sua arma para os mesmos.

O general VILLAS BÔAS, embora isso seja pouco mencionado, é o responsável por verdadeira revolução na comunicação social do Exército Brasileiro. A força terrestre hoje possui canais no YOUTUBE, página no facebook com mais de 3 milhões de seguidores, twitter e um ótimo sistema de envio de releases, que permitem que a sociedade acompanhe de perto o que tem sido realizado pelo exército brasileiro e inclusive apresente nos diversos canais de participação o seu feedback. Não é a toa que a força se mantém entre as instituições mais aceitas pelos brasileiros.

Como seria a SEMANA SEGUINTE a uma INTERVENÇÃO MILITAR no Brasil

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