Guerra civil nos Estados Unidos pode estar próxima, aponta analista: “Já está cozinhando”

Por mais que pareça distópico, um cenário de guerra civil nos Estados Unidos vem sendo discutido com seriedade dentro dos EUA e por analistas ao redor do mundo. Em vídeo recente, o pesquisador Thales Rufini alerta que a possibilidade de ruptura interna é real — e que pode estar em pleno amadurecimento. Para o analista, o que antes parecia coisa de ficção, hoje se constrói diante dos olhos atentos de quem conhece os bastidores do poder norte-americano.
Ao assistir a palestra, a lembrança da série Jericho, produzida pela CBS em 2006, é inevitável. Na trama, uma pequena cidade tenta sobreviver ao colapso dos Estados Unidos após ataques nucleares internos. Embora fictícia, a premissa de uma América fragmentada, com estados agindo como nações autônomas, como descrito na produção cinematográfica, também ecoa nas análises de Thales. Outra produção que logo vem a mente após assistir a análise é o filme Guerra Civil, produção de 2024, com Wagner Moura.

“… tá no fogo já tá já tá cozinhando essa situação, para acontecer um negócio desses não é tão difícil assim quanto parece, infelizmente. Também não estou falando que vai estourar, mas a possibilidade existe e tá crescendo a cada dia”, afirma o analista.
Racha institucional grave nos Estados Unidos
Thales traça três cenários principais para o estopim de um conflito interno. No primeiro, ele considera um atentado ou tentativa de impedir politicamente o ex-presidente Donald Trump, o que poderia gerar um racha institucional grave.
“Eu não duvido que isso aconteceria com o Trump.”
Esse tipo de evento, segundo ele, abalaria a confiança nas instituições, travaria o funcionamento do Estado e poderia resultar em conflitos entre órgãos como FBI e CIA, ou entre estados governados por alas opostas.
“literalmente Estados Unidos não são um país só basicamente são 50 países juntos por uma federação.”
No segundo cenário, Thales aborda a hipótese de um governo — seja Trump ou outro — adotar medidas extremas e autoritárias, como repressão a manifestações, censura e ações inconstitucionais. Ele menciona, por exemplo, a perseguição de estudantes que participaram de protestos pró-Palestina:
“Eles estão sendo perseguidos… estão prendendo gente com visto legal só porque participou de protesto.”
Essa repressão, unida ao radicalismo em pautas culturais ou sociais, poderia gerar resistência em estados mais conservadores ou progressistas, criando um ambiente de rebelião e desobediência civil.
“Você pode ter estados que se recusariam a aceitar um novo presidente… possibilidade de pô um estado vai ficar insurgente …”
Salas do pânico em concessionárias da Tesla
O terceiro cenário é o mais sombrio: o financiamento e manipulação de grupos armados por elites econômicas internas.
Segundo Thales, a Tesla, empresa de Elon Musk, já estaria sofrendo ataques e instalando “salas do pânico” em concessionárias. Ele alerta para um possível uso das forças da Guarda Nacional pelos estados — verdadeiros exércitos locais — para se oporem ao governo central.
“… vai fazer sentido com o que eu vou falar mais paraa frente mas percebam a Tesla ela teve que instalar uma sala do pânico em várias concessionárias lá no país né nos Estados Unidos para caso aconteçam e invasões e ataques contra essas concessionárias.”
“Cada estado possui sua Guarda Nacional… e alguns têm bombardeiros pesados. É como se tivessem seus próprios exércitos.”
Thales adverte que a questão aos poucos faz parte do imaginário popular e a complexidade do quadro pintado realmente impressiona. Milícias civis, estados insurgentes, elites financeiras em conflito, repressão institucional e mídia manipulada são ingredientes reais e observáveis na conjuntura americana atual. Não por acaso, o tema tem sido retratado com frequência crescente na cultura pop, em filmes, jogos e séries.
“ … especialmente os próprios americanos estão cada vez mais pensando nisso né estudando isso e tá fazendo cada vez mais parte da cultura popular né saiu um filme sobre isso no passado tem jogos já tratando desse assunto e querendo ou não isso vai eh ficando na mente das pessoas né e não só isso serve para conscientizar mas também pode talvez até incentivar o pessoal .”
O analista conclui com um alerta: se houver uma fagulha — um atentado, uma medida radical, uma crise econômica — o barril de pólvora pode explodir. E, como em Jericho, os Estados Unidos podem deixar de ser a potência unificada que o mundo conhece.
Análise completa no canal Visão Estratégica
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar