China ofereceu semana passada ao Brasil um poderoso arsenal militar que promete revolucionar Forças Armadas brasileira: caças com mísseis de longo alcance, tanques de última geração e investimentos milionários em defesa

Em um movimento que pode redesenhar o equilíbrio geopolítico da América Latina, a China propôs ao Brasil um pacote estratégico que inclui desde caças com mísseis de longo alcance até tanques de última geração e investimentos milionários em infraestrutura de defesa. O acordo, discutido durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, pode marcar o início de uma nova era de cooperação militar entre os dois países — e acender alertas em Washington.
Norinco mira o Brasil como vitrine militar na América Latina
Durante a missão oficial à China, Lula se reuniu com o diretor-geral da Norinco (China North Industries Group), Cheng Defang, representante da maior estatal chinesa do setor bélico. A empresa, que atua em mais de 100 países, oferece desde armamentos leves até mísseis balísticos e veículos blindados. Segundo analistas, o interesse da Norinco é posicionar o Brasil como porta de entrada para seu portfólio na América Latina, desafiando o domínio histórico de EUA, França, Alemanha e Reino Unido na região.
“Estamos firmando acordos em áreas como energia renovável, segurança pública, defesa e tecnologia, sempre com foco na transferência de conhecimento e produção local”, afirmou Lula em postagem na rede X (antigo Twitter), mencionando reuniões com Norinco, GAC, Envision e Windey Technology. [Fonte oficial]
Recuperação da Avibras no Brasil com capital chinês
O encontro teve ainda um objetivo direto por parte da delegação brasileira: buscar uma saída para a crise da Avibras, fabricante nacional dos sistemas de mísseis Astros 2020 e do míssil de cruzeiro AV-MTC 300 Matador. A empresa, fundamental para o Exército Brasileiro, está próxima da falência após o colapso de contratos internacionais durante a pandemia.
A proposta da China envolve um investimento superior a R$ 1 bilhão para sanar as dívidas da empresa e adquirir até 49% da participação societária, sem comprometer o controle nacional. A reativação imediata das linhas de produção seria acompanhada de transferência tecnológica e produção em larga escala do míssil Matador.
Artilharia antiaérea e tanques de combate: a nova ofensiva da Norinco
Como parte da proposta, a Norinco está disposta a fornecer ao Exército Brasileiro o sistema de artilharia antiaérea Sky Dragon 50 GAS2, com alcance de 50 km e capacidade para neutralizar ameaças aéreas a até 20 km de altitude. O equipamento é considerado capaz de proteger cidades inteiras como o Rio de Janeiro com apenas um lançador e seu radar correspondente.
Além disso, o pacote inclui o carro de combate VT4, com canhão de 125 mm e design modular. A estatal chinesa sinalizou que o tanque poderia ser produzido no Brasil em parceria com a Avibras, integrando a indústria nacional de defesa e gerando empregos qualificados.
Obuseiros SH-15 e negociações estratégicas
Outro ponto de destaque é a recente disputa por novos obuseiros autopropulsados. Após veto político à aquisição de equipamentos israelenses, a Norinco apresentou o SH-15, um sistema moderno e versátil, capaz até mesmo de utilizar munição nuclear tática, segundo fontes técnicas. O governo chinês propõe total transferência de tecnologia, além de produção local em escala, como diferencial competitivo.
Entraves militares e pressões de Washington
Apesar do pacote atrativo, o Comando do Exército Brasileiro demonstrou resistência. Um dos principais entraves técnicos é a incompatibilidade dos equipamentos chineses com os sistemas de comunicação norte-americanos, que já são padrão nos veículos blindados brasileiros. A adesão à Norinco exigiria mudanças profundas na integração operacional das Forças Armadas.
Além disso, os EUA sinalizaram que podem aplicar sanções comerciais e tecnológicas caso o Brasil aprove a entrada da Norinco na Avibras. Em nota reservada à diplomacia brasileira, a Embaixada dos Estados Unidos alertou que a Avibras poderia ser embargada e perder acesso a tecnologias de origem americana, além de ver contratos suspensos com aliados de Washington, como a Arábia Saudita — seu principal cliente internacional.
Participação chinesa em exercícios militares no Brasil
Como parte da aproximação, militares chineses da Marinha participaram da mais recente edição da Operação Formosa, conduzida pelos Fuzileiros Navais do Brasil. A presença simultânea de tropas dos EUA e da China em um mesmo exercício conjunto é considerada rara e estratégica, refletindo o grau de interesse de Pequim na cooperação com Brasília.
Interesse espacial e caças de última geração
Nos bastidores, o governo chinês também negocia acesso à Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara, no Maranhão. O objetivo seria reduzir em até 30% os custos com combustíveis do programa espacial chinês, segundo estudos técnicos citados pelo site SpaceNews. Em troca, o Brasil teria acesso a jatos J-10C equipados com mísseis PL-15, os mesmos que, segundo fontes militares, derrubaram recentemente três caças Rafale, um Mig-29 e um SU-30 durante combates envolvendo a Força Aérea do Paquistão.
E você? Acredita que o Brasil deve aceitar a proposta da China e reforçar sua autonomia militar? Ou os riscos geopolíticos com os EUA são grandes demais? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo com seus amigos interessados em defesa e geopolítica.