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O que Bolsonaro pode comer? Entenda como é a alimentação do ex-presidente após a cirurgia

por Murilo Camano 17/04/2025
O que Bolsonaro pode comer? Entenda como é a alimentação do ex-presidente após a cirurgia

Após ser submetido a uma cirurgia que durou mais de 10 horas, a dúvida de muitas pessoas é a seguinte: O que Bolsonaro pode comer? Afinal, se trata de um procedimento grande e complexo cujo objetivo era desobstruir o intestino do ex -presidente.

Hoje você vai entender os motivos pelos quais o ex-presidente precisou passar por uma nova cirurgia, além de conhecer todo o histórico de problemas do aparelho digestório de Bolsonaro. 

Laparotomia exploradora: a cirurgia de Bolsonaro

Antes de falarmos o que Bolsonaro pode comer, vamos entender a quais procedimentos ele foi submetido na última semana.

Nesse tipo de procedimento, a laparotomia exploradora, o abdome todo é aberto, para que os médicos possam, literalmente, explorar a cavidade abdominal. 

Devido ao histórico de cirurgias anteriores, Jair Bolsonaro é considerado um paciente de alto risco. Afinal, já teve o abdome aberto outras vezes, o que lhe gerou uma série de problemas com hérnias. 

Em caso de pacientes que já passaram por cirurgias intestinais, é comum que o intestino que antes ficava solto dentro da barriga, ganhe cicatrizes. 

E essas cicatrizes acabam por grudar uma na outra. É mais ou menos como uma mangueira de jardim que foi dobrada de maneira errada.

Assim, isso faz com que obstruções surjam, o que deixa a movimentação intestinal comprometida.

Nesse último procedimento, Bolsonaro teve o intestino desobstruído

Histórico de cirurgias de Bolsonaro

Jair Bolsonaro tem um histórico considerável de cirurgias abdominais que começaram no ano de 2018.

Vamos entender cada uma delas, antes de descobrir o que Bolsonaro pode comer. 

Laparotomia de emergência: setembro de 2018

Após receber uma facada durante a campanha eleitoral, Bolsonaro foi submetido a uma Laparotomia de emergência para reconstrução do órgão afetado pelo ataque.

Ainda em setembro do mesmo ano, o ex-presidente foi submetido a um novo procedimento para desobstrução intestinal. 

Retirada de bolsa de colostomia: Janeiro de 2019

Logo após o atentado que sofreu, em janeiro de 2019, já como presidente, Jair Bolsonaro passou por mais um procedimento cirúrgico.

Dessa vez, para retirar a bolsa de colostomia, colocada após sofrer o atentado à faca.

Correção de Hérnia Incisional: Setembro de 2019

Em decorrência das cirurgias anteriores, onde o abdome foi aberto e manipulado, o ex-presidente desenvolveu uma hérnia.

Assim, foi preciso uma cirurgia de correção dessa complicação oriunda dos procedimentos pelos quais já havia passado.

Endoscopia digestiva e septoplastia: Setembro de 2023

Nessa ocasião, Jair Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva e septoplastia como forma de avaliar a integridade estomacal, além de melhorar a congestão. 

Laparotomia e reconstrução da parede intestinal: Abril de 2025

Nesse último procedimento, Bolsonaro teve a cavidade abdominal aberta mais uma vez e a parede intestinal reconstruída.

Assim, foram removidas aderências que obstruíam totalmente o intestino e impediam a passagem de gases e fezes. 

O que Bolsonaro pode comer, afinal?

O procedimento pelo qual Bolsonaro passou é extenso e extremamente invasivo, e após sua realização é importante que o sistema digestório fique em repouso. 

Logo, Para aqueles que se perguntam o que Bolsonaro pode comer, a resposta é surpreendente. 

Hoje, o ex-presidente se alimenta por uma alimentação chamada de parenteral. 

A alimentação parenteral é uma técnica de nutrição e gastroenterologia, onde os nutrientes são colocados diretamente na corrente sanguínea do paciente, por via intravenosa. 

Ou seja, hoje Bolsonaro não pode comer nada

Esse tipo de alimentação é indicada quando o paciente não consegue absorver nutrientes por via oral. 

Conforme for evoluindo positivamente, e o sistema digestório apresentar melhorias de funcionamento, Bolsonaro passará a se alimentar primeiro através de líquidos e evoluindo para uma alimentação pastosa até que, finalmente, volte a ingerir alimentos sólidos.

No entanto, a reintrodução alimentar é única e individual para cada paciente.