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EUA alertam para avanço da China em supersoldados com IA e engenharia genética que podem redefinir o equilíbrio militar global até 2049, segundo comissão do Congresso

por Alves 23/04/2025
EUA alertam para avanço da China em supersoldados com IA e engenharia genética que podem redefinir o equilíbrio militar global até 2049, segundo comissão do Congresso

Um relatório da Comissão para a Segurança Nacional dos Estados Unidos sobre Biotecnologias Emergentes acendeu um sinal de alerta em Washington. De acordo com o documento, a China está acelerando o desenvolvimento de tecnologias militares que combinam engenharia genética com inteligência artificial para criar uma nova geração de soldados aprimorados. A iniciativa faz parte de uma estratégia estatal voltada à construção de um exército de alcance global até 2049.

No centro da preocupação está a chamada “guerra inteligente”, conceito defendido pelo governo chinês que prevê a integração de capacidades biológicas avançadas com sistemas automatizados de combate. Segundo o relatório, o Exército Popular de Libertação (PLA) já estaria conduzindo pesquisas e testes para criar combatentes com maior resistência física, capacidades cognitivas elevadas e resposta operacional superior, integrando diretamente a IA ao corpo humano em ambiente de guerra.

Após dois anos de investigação e mais de 1.800 entrevistas com especialistas, o relatório foi entregue ao Congresso dos Estados Unidos com a recomendação de ação urgente. A comissão comparou o avanço chinês ao que foi o lançamento do ChatGPT para a IA, afirmando que, caso a China alcance esse marco antes dos países ocidentais, o equilíbrio de poder global poderá ser drasticamente alterado por gerações.

O documento ainda denuncia que a China tem seguido uma estratégia industrial conhecida, utilizando subsídios estatais, apropriação de propriedade intelectual e controle de cadeias produtivas para dominar setores críticos da biotecnologia. Entidades como o Beijing Genomics Institute (BGI) e a MGI Tech são citadas como braços operacionais desse avanço, atuando com preços agressivos e pouca transparência.

No setor militar, a ameaça é vista como crítica. Se hoje os drones já representam uma revolução nos combates, supersoldados geneticamente modificados controlados por IA podem tornar essa tecnologia obsoleta. A comissão defende que os Estados Unidos acelerem sua própria inovação e, ao mesmo tempo, dificultem o avanço chinês nesse domínio estratégico.

A informação foi divulgada por hdblog.it, que teve acesso ao relatório oficial apresentado pela Comissão de Segurança Nacional dos EUA. A publicação detalha como esse movimento da China pode inaugurar uma nova era de conflitos biotecnológicos e automatizados, impondo desafios inéditos à segurança internacional.