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Brigadeiro Damasceno e general Canhaci selam acordo histórico para reequipar a FAB com fuzis IA2

por Sérvulo Pimentel 25/04/2025
Brigadeiro Damasceno e general Canhaci selam acordo histórico para reequipar a FAB com fuzis IA2

A Força Aérea Brasileira (FAB) assinou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Indústria Brasileira de Material Bélico (Imbel) para substituir o fuzil de assalto Heckler & Koch HK 33 pelo modelo nacional IA2 calibre 5,56mm. Segundo o InfoDefensa, “a quantidade de fuzis não foi divulgada”, mas o acordo inclui ainda a aquisição de “kits de manutenção de primeiro, segundo e terceiro níveis”.

Tecnologia nacional à frente

O IA2 5,56mm representa um marco na indústria bélica brasileira. De acordo com a Info Defensa, o fuzil “é o resultado de um longo processo para desenvolver uma nova classe de fuzil projetado e fabricado no Brasil, incorporando tecnologias modernas e materiais mais leves e resistentes”.

Ainda segundo a Info Defensa, “além dos lotes desses fuzis fabricados no Brasil, a FAB também adquirirá diversos kits de manutenção de primeiro, segundo e terceiro níveis”.

Fuzil IA2 entra em cena na FAB. Substituição do HK-33 marca nova fase da infantaria aérea. (Foto: IMBEL)

Visão de longo prazo

Durante a LAAD 2025, o TED foi assinado pelo comandante da FAB, Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, e pelo presidente da Imbel, General R1 Ricardo Rodrigues Canhaci. A cerimônia reuniu também oficiais da FAB e diretores da Imbel, consolidando a intenção de avançar na padronização logística das armas leves no Brasil.

Fim da era HK 33

Com essa mudança, as unidades de infantaria da FAB deixam de usar o tradicional fuzil Heckler & Koch HK 33, também no calibre 5,56mm. Embora confiável, o modelo alemão já apresentava sinais de obsolescência diante dos requisitos operacionais mais recentes.

Além das armas, o contrato inclui “kits de manutenção de primeiro, segundo e terceiro níveis”, essenciais para a operação prolongada do equipamento.

Independência bélica

Além da modernização, a compra do IA2 “representa uma progressiva independência de fornecedores internacionais e uma certa padronização logística””, afirma o InfoDefensa, reforçando a estratégia nacional de fortalecer a indústria de defesa local.

A decisão também pode abrir caminho para adoção futura em outras forças armadas. A Marinha brasileira, porém, ainda prefere os M-16 A2/A3, mantendo os IA2 longe de suas fileiras — por enquanto.