Após a morte do Papa, curiosidade sobre a Guarda Suíça explode: conheça a tropa de elite que defende o Vaticano há mais de 500 anos

A morte do Papa Francisco, anunciada pelo Vaticano nesta segunda-feira (21), reacendeu o interesse mundial pela Guarda Suíça, o seleto exército que há mais de 500 anos protege o pontífice e a soberania do menor país do mundo. A Guarda Suíça é responsável pela segurança pessoal do papa, pelas residências oficiais e pela proteção do Colégio de Cardeais durante o período de Sé Vacante, quando não há um pontífice definido.
Com seus trajes renascentistas em azul, vermelho e amarelo, a tropa chama atenção tanto pela estética quanto pela história. Criada em 1506 por ordem do Papa Júlio II, a Guarda foi composta inicialmente por mercenários suíços, escolhidos por sua fama de bravura e invencibilidade em guerras europeias. Desde então, o grupo se tornou símbolo de lealdade absoluta ao Vaticano e ao líder da Igreja Católica.
A bravura da Guarda Suíça no Saque de Roma e a tradição que perdura
Em 6 de maio de 1527, a Guarda Suíça protagonizou um dos momentos mais emblemáticos de sua história. Durante o Saque de Roma, tropas rebeldes do Sacro Império Romano-Germânico invadiram a cidade, provocando um massacre. Mais de 100 guardas suíços morreram defendendo o Papa Clemente VII, permitindo sua fuga para o Castelo de Sant’Angelo. A data é até hoje celebrada com juramento de novos recrutas no Vaticano.
Embora o Vaticano como Estado tenha sido formalizado apenas em 1929, a proteção papal pelos guardas suíços nunca cessou. Eles acompanharam o papa em tempos de paz e conflito, mantendo viva a reputação de coragem e devoção. Atualmente, além das cerimônias tradicionais, os guardas também acompanham o pontífice em viagens internacionais, reforçando seu papel essencial na segurança do líder religioso.
Requisitos rigorosos para ingressar na Guarda Suíça
Para fazer parte da Guarda Suíça, o candidato precisa atender a critérios rigorosos:
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Ser homem solteiro
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Ser católico romano praticante
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Ter cidadania suíça
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Estar entre 19 e 30 anos de idade
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Ter no mínimo 1,74 metros de altura
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Possuir diploma profissional ou ensino médio
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Ter concluído o treinamento básico do exército suíço
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Estar em boa condição de saúde
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Comprometer-se com 26 meses de serviço
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Possuir carta de motorista de categoria específica
Os guardas só podem se casar após cinco anos de serviço e ao atingirem, no mínimo, 25 anos. Mesmo assim, o casamento exige uma extensão do contrato por mais três anos de trabalho.
A explosão do filme “Conclave” após a morte do Papa
A morte do Papa Francisco também impulsionou o interesse pelo filme “Conclave”, que mostra os bastidores da eleição de um novo pontífice. De acordo com a Revista Trip no Instagram, a procura pelo longa disparou 283% na plataforma Prime Video. A obra ilustra o processo secreto de escolha do sucessor papal e destaca o papel de segurança da Guarda Suíça durante o período da Sé Vacante, reforçando ainda mais o fascínio mundial pela tradição vaticana.
A informação sobre a história e funções da Guarda Suíça foi divulgada pelo site CNN Brasil, conforme relatado no artigo “Guarda Suíça: conheça o Exército que protege o papa há mais de 500 anos”.
A Guarda Suíça, apesar do passar dos séculos, mantém viva a missão de proteger não apenas uma pessoa, mas também um dos maiores símbolos da fé cristã no mundo, consolidando seu lugar como uma das corporações militares mais emblemáticas da história.