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“A Terceira Guerra Mundial já começou”: autor best seller e especialista em finanças cita general dos EUA que lançou alerta global

por Sociedade Militar 16/04/2025
“A Terceira Guerra Mundial já começou”: autor best seller e especialista em finanças cita general dos EUA que lançou alerta global

Um memorando explosivo assinado por um general da Força Aérea dos Estados Unidos é citado pelo conhecido especialista em finanças, Thiago Nigro, conhecido como o Primo Rico, que tem mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais e 200 mil livros vendidos, confirma aquilo que analistas financeiros e geopolíticos já temiam mas relutam em admitir: a possibilidade real de uma guerra com a China ainda em 2025. Em meio à ascensão de Xi Jinping, tensões em Taiwan e guerras por procuração ao redor do mundo, cresce a preocupação com a repetição de padrões históricos que precederam os grandes conflitos mundiais. Saiba o que foi revelado e por que o alerta agora vem diretamente do alto escalão militar americano.

“A Terceira Guerra Mundial começou.” Foi com essa frase que o especialista em finanças e investimentos iniciou um vídeo publicado em seu canal, no qual relaciona eventos econômicos, diplomáticos e militares recentes ao risco de um novo conflito global.

Segundo ele, “o risco iminente de uma Terceira Guerra Mundial está aí”, e há uma conexão direta entre guerras em andamento, tarifas comerciais e grandes eventos econômicos. Ao longo da exposição, ele trata de temas como as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e Hamas, a crescente presença militar da China, a disputa por Taiwan e o surgimento de dois blocos internacionais com alianças estratégicas distintas.

Entre os pontos de maior destaque no vídeo está a menção a um memorando escrito pelo general da Força Aérea dos Estados Unidos Michael A. Minihan, comandante do Air Mobility Command (AMC), que projeta uma possível guerra com a China em 2025.

“Vamos lutar contra a China em 2025”, afirmou general em memorando

Em 1º de fevereiro de 2023, Michael Minihan enviou um documento oficial a comandantes da Força Aérea, afirmando:

“Espero estar errado. Mas meu instinto me diz que vamos lutar contra a China em 2025.”

No mesmo trecho, Minihan cita que Xi Jinping garantiu seu terceiro mandato e estabeleceu seu conselho de guerra em outubro de 2022, e que as eleições presidenciais em Taiwan e nos Estados Unidos, previstas para 2024, podem configurar, segundo ele, um cenário propício para ações militares chinesas.

Ordem de prontidão operacional em documento da Força Aérea dos EUA

Extrato com trecho de memorando da Força Aérea dos EUA

O memorando, intitulado “February 2023 Orders in Preparation for – The Next Fight”, determina uma série de ações preparatórias para os militares do Comando de Mobilidade Aérea. Nele, Minihan afirma:

“Você precisa saber que eu sou o único dono da caneta nessas ordens”, escreveu Minihan no memorando. “Minhas expectativas são altas e essas ordens não estão em negociação. Siga-os.”

Entre as determinações presentes no documento, destacam-se algumas bem enfáticas:

  • Exercício de tiro com munição real, com a instrução de mirar na cabeça de alvos a 7 metros de distância;

  • Preparação para um eventual combate com a China;

  • Avaliação de assuntos pessoais e legais de cada militar, com recomendação de consulta aos escritórios jurídicos das bases;

Em outro trecho, Minihan afirma:

“Se você está confortável com sua abordagem de treinamento, então você não está assumindo risco suficiente.”

Mudanças na ordem global seriam sinal de guerra – Considerações sobre o contexto global

No vídeo, o especialista financeiro Thiago Nigro relaciona essas movimentações militares e econômicas com o que ele descreve como um padrão histórico que antecedeu grandes conflitos globais ocorridos no passado. Ele afirma que “todas as guerras mundiais compartilham características como desejo de mudança na ordem global, corrida armamentista, formação de alianças, nacionalismo e múltiplos focos de tensão”, elementos que, segundo ele, estariam presentes no atual cenário internacional.

Sobre Taiwan, o Primo Rico destaca que a ilha concentra a produção de cerca de 90% dos semicondutores avançados do mundo, o que justificaria a atenção tanto de China quanto dos Estados Unidos. Ele menciona que a China possui legislação que autoriza a unificação pela força caso a diplomacia falhe, enquanto os EUA já declararam que protegeriam Taiwan.

De fato, em 2025 percebe-se um acirramento das relações entre EUA e CHINA, se a situação escalar é possível que as nações se alinhem em torno de um dos lados, o que pode causar uma grande crise global, acirrando-se mais ainda os ânimos.

O Brasil pode ter que se posicionar, diz oficial brasileiro

Não se sabe ainda de que lado o Brasil ficaria nessa situação. Enquanto os militares tem estreitas relações com os militares dos Estados Unidos, o governo Brasileiro – atualmente de esquerda – tende a se posicionar por permanecer ao lado da China e talvez não haja lugar para neutralidade.

Estudo realizado por militar brasileiro realizando mestrado em academia militar dos Fuzileiros Navais nos Estados Unidos (Command and Staff College), mencionado em artigo sobre geopolítica publicado na Revista Sociedade Militar, aponta para a necessidade de preparação das Forças Armadas brasileiras, que certamente em um conflito mundial deverão estar preparadas para não ser subjugadas. O Capitão de Fragata A.A. Baptista menciona em sua dissertação que potências podem exigir que outras nações escolham um lado, cabendo ao Brasil orientar sua estratégia nacional.

“No terceiro cenário, os EUA e a China podem iniciar um conflito. Nesse caso, a situação seria a mesma da anterior, porém com respostas mais drásticas e repentinas. Um ponto interessante desse cenário é que ele exige que o Brasil considere que as grandes potências podem exigir que outras nações escolham um lado, cabendo ao Brasil orientar sua estratégia nacional. Como os investimentos nas forças armadas custam dinheiro e tempo para desenvolver capacidades e treinar a força de trabalho, é crucial que o Brasil comece a se preparar para escolher um lado.”

Robson Augusto – Revista Sociedade Militar