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Saiba quanto as Forças Armadas pagam de aluguel nos EUA para manter sede da representação brasileira em organização criada para defender continente americano da guerra

por Campos 13/03/2025
Saiba quanto as Forças Armadas pagam de aluguel nos EUA para manter sede da representação brasileira em organização criada para defender continente americano da guerra

O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas desembolsará US$ 76,3 mil dólares ao todo nos próximos 12 meses para prorrogar a locação do imóvel sede da Representação Brasileira na Junta Interamericana de Defesa (RBJID), localizada em Washington D.C., nos Estados Unidos.

Na cotação atual do dólar comercial (R$ 5,80) o valor equivale a cerca de R$ 442,5 mil reais, ou R$ 36,9 mil mensais. O aditivo do contrato de locação foi divulgado nesta quarta-feira, 12 de março, no DOU (Diário Oficial da União) e foi celebrado com a empresa Jenifer Street Limited Partnership. O documento foi assinado em 15 de janeiro, mas começou a valer em 1º de janeiro de 2025 e terá duração até 31 de dezembro de 2029.

A Junta Interamericana de Defesa é uma organização que existe desde 1942 para estudar e sugerir medidas necessárias à defesa do continente. Na época, ela foi criado muito por conta da Segunda Guerra Mundial e conta hoje com 28 países membros associados, como Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Equador, Guiana, Panamá e Haiti. 

Segundo o site da RBJID, o colegiado “prossegue representando os interesses do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, por meio da atuação no Conselho de Delegados, conjugando esforços para a integração regional e para a cooperação internacional, por intermédio do fortalecimento da confiança mútua de seus Estados-Membros na promoção da segurança e da defesa no continente americano, ao mesmo tempo que presta assessoria militar à Missão Permanente do Brasil junto à OEA [Organização dos Estados Americanos]”.

Um episódio marcante, ainda em 1942, foi quando a Delegação do Brasil leu uma nota em que reconhecia a situação de guerra com Alemanha e Itália depois que ataques feitos em 15 e 16 de agosto daquele ano contra navios mercantes brasileiros em águas costeiras nacionais mataram mais de 600 pessoas. O ataque foi considerado uma agressão não só ao Brasil mas à toda América do Sul.