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Marinha do Brasil e Forças Armadas da França em megaoperação militar com 1.200 militares, mísseis brasileiros e navios de guerra; destaque para o MANSUP e o navio ‘Bahia

por Sérvulo Pimentel Publicado em 28/03/2025
Marinha do Brasil e Forças Armadas da França em megaoperação militar com 1.200 militares, mísseis brasileiros e navios de guerra; destaque para o MANSUP e o navio ‘Bahia

Enquanto o governo federal discute cortes no orçamento da Defesa, a Marinha do Brasil e as Forças Armadas da França colocaram 1.200 militares em ação – metade de cada país – em um exercício de guerra realista no litoral do Ceará. Com navios, helicópteros, tanques anfíbios e até mísseis brasileiros, a Operação “Jeanne d’Arc 2025” simulou o resgate de civis em zona de conflito. O destaque ficou por conta do míssil nacional MANSUP, transportado pelo avião KC-390 da FAB, e o Navio “Bahia”, considerado “versátil” até pelo alto comando.

Navio “Bahia”: o coringa da Marinha

NDM “Bahia”, escolhido para a operação, foi essencial. Segundo o Almirante Cláudio Henrique Mello de Almeida, Comandante de Operações Navais:

“Esse tipo de navio tem sido uma opção para várias Marinhas do mundo. Ele pode atuar em conflitos ou em missões humanitárias.” (Fonte: Agência Marinha de Notícias)

Versátil, o “Bahia” lançou tanques anfíbios (CLAnf) e serviu como base para operações de resgate.

Navio Doca Multipropósito (NDM) ‘Bahia’ e Porta-Helicópteros Anfíbio Mistral durante exercício conjunto entre Marinha do Brasil e Forças Armadas da França no litoral do Ceará. (Foto: Agência Marinha de Notícias)

Míssil brasileiro em cena

Um dos grandes destaques foi o MANSUP, míssil antinavio 100% nacional, integrado ao sistema de foguetes ASTROS. Pela primeira vez, ele foi transportado pelo avião KC-390 da FAB, provando que o Brasil domina tecnologia de ponta.

“Um meio versátil que pode ser transportado por terra, mar e ar”, destacou a Marinha.

Resgate sob fumaça e ataque

A operação simulou a evacuação de civis em zona de conflito. Enquanto helicópteros UH-15 “Super Cougar” sobrevoavam a área, cortinas de fumaça escondiam o avanço dos blindados.

Equipes especiais chegaram de barcos pneumáticos para garantir a segurança antes do desembarque. No centro de controle, militares organizavam a saída dos civis com apoio de médicos, tradutores e agentes da Embaixada.

Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf) da Marinha do Brasil durante operação conjunta com militares franceses no litoral do Ceará. No exercício ‘Jeanne d’Arc 2025’, 1.200 militares simularam resgate de civis em zona de conflito, utilizando tecnologia de ponta como os tanques anfíbios e o míssil nacional MANSUP. (Foto: Agência Marinha de Notícias)

França e Brasil: parceria de guerra (e paz)

Capitão francês Matthieu Dejour lembrou que a cooperação vai além:

“Temos o programa de submarinos em Itaguaí e agora treinamos juntos em operações anfíbias. É uma troca estratégica.”

Os franceses trouxeram seu Porta-Helicópteros “Mistral” e catamarãs capazes de carregar 80 toneladas.

A força em números

A operação reuniu:

  • 600 militares brasileiros e 600 franceses.
  • NDM “Bahia” (navio brasileiro multiuso).
  • Porta-Helicópteros francês “Mistral”.
  • Míssil MANSUP acoplado ao lançador ASTROS.
  • Tanques anfíbios (CLAnf) e helicópteros UH-15 Super Cougar.
Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf) da Marinha do Brasil durante operação conjunta com militares franceses no litoral do Ceará. No exercício ‘Jeanne d’Arc 2025’, 1.200 militares simularam resgate de civis em zona de conflito, utilizando tecnologia de ponta como os tanques anfíbios e o míssil nacional MANSUP. (Foto: Agência Marinha de Notícias)
Sérvulo Pimentel

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