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Marinha armada com super canhão italiano na Fragata Tamandaré: Imagem revela que superarma de alta precisão já está sendo integrada ao primeiro navio

por Sérvulo Pimentel Publicado em 11/03/2025

A Marinha do Brasil está dando um salto tecnológico com a integração do canhão naval Oto Melara-Leonardo 76/62 Super Rapid na primeira fragata da classe Tamandaré, revelada pelo canal ShipSpostting Itajaí. Segundo o colunista Roberto Caiafa, da Info Defensa, “a superestrutura do navio, incluindo o mastro, está recebendo suas antenas e sensores, enquanto o canhão de proa, furtivo e multifuncional, já foi montado”. Com alta cadência de tiro, precisão avançada e capacidade de disparar munições inteligentes, a fragata promete revolucionar a defesa naval brasileira.

Multifuncionalidade e poder de fogo

O canhão 76/62 Super Rapid é uma peça-chave no projeto. Capaz de desempenhar funções de defesa aérea, antissuperfície e antimísseis, ele também é eficaz no ataque a alvos terrestres. “Esta arma proporciona ao operador um desempenho multifuncional exclusivo”, destaca Caiafa. Com uma cadência de tiro que varia de um único disparo a 120 tiros por minuto, o canhão é ideal para cenários de guerra assimétrica, onde o engajamento simultâneo de múltiplos alvos é crítico.

Precisão e tecnologia de ponta

A precisão do 76/62 Super Rapid é outro diferencial. Com um desvio padrão inferior a 0,3 mrad e tempo de resposta de menos de três segundos, ele garante excelência em combate. Além disso, o canhão pode disparar munições inteligentes, como as do tipo Vulcan, com alcance superior a 40 quilômetros. “É o único canhão naval de calibre médio no mundo capaz de fogo sustentado”, ressalta a Info Defensa.

Design compacto e integração avançada

Com apenas 7,9 toneladas, o canhão é compacto e leve, permitindo sua instalação em navios de diversos portes. Ele já vem integrado a Sistemas de Gerenciamento de Combate (CMS), Sistemas de Controle de Tiro (FCS) e Sistemas Eletro-Ópticos (EOS), seguindo padrões digitais e analógicos de arquitetura aberta. “Essa integração garante uma operação eficiente e rápida”, explica Caiafa.

Capacidade operacional e defesa antimísseis

A fragata classe Tamandaré foi projetada para operar em cenários complexos, com destaque para sua capacidade de defesa antimísseis. O canhão 76/62 Super Rapid é especialmente eficaz nessa função, aumentando a proteção da embarcação contra ameaças modernas. “A versatilidade da fragata a torna uma das mais avançadas da região”, afirma o colunista.

Investimento e futuro da frota naval

A Marinha do Brasil encomendou quatro fragatas da classe Tamandaré, com opção para mais duas, em um investimento avaliado em 30 milhões de euros apenas nos canhões. Esse projeto representa um marco na modernização da frota naval brasileira, colocando o país em um novo patamar de defesa marítima.

Com a integração do canhão 76/62 Super Rapid e a instalação de sensores e antenas avançadas, a primeira fragata está próxima de sua conclusão. Enquanto isso, a segunda unidade já está em construção, consolidando um projeto estratégico para a defesa nacional. Como diz Caiafa, “a revolução naval brasileira está em andamento, e o futuro chegou agora”.

Sérvulo Pimentel

Sérvulo Pimentel