Hacker “Azael” derruba site da Marinha e compromete diversos sistemas governamentais e corporativos

A segurança cibernética do Brasil sofreu um golpe de proporções consideráveis nesta terça-feira, 25 de março de 2025.
O site oficial da Marinha do Brasil, que pode ser acessado pelo endereço www.marinha.mil.br, foi derrubado por um ataque hacker.
A autoria do crime foi atribuída a um hacker conhecido pelo pseudônimo de “Azael”, que, em declarações públicas, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
Além da Marinha, o hacker, com uma série de ataques já registrados, afirma ter comprometido sistemas de outras instituições de peso.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Força Aérea Brasileira (FAB) e até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, estão na lista de vítimas de Azael.
No entanto, o ataque não se restringe apenas a esses alvos.
O hacker também reivindica ter invadido sistemas cruciais de órgãos governamentais como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a gigante petrolífera Petrobras, tudo isso em um período de poucas semanas, em março de 2025.
Este tipo de atividade levanta sérias questões sobre a vulnerabilidade dos sistemas de segurança do Brasil e a capacidade das instituições em proteger dados sensíveis.
O ataque ao portal da Marinha, por exemplo, é apenas um dos incidentes que ocorrem no crescente cenário de cibercriminalidade.
Com isso, fica evidente a necessidade de um sistema mais robusto de proteção cibernética no país.
Azael: o hacker que desafia o sistema
O hacker, que se autodenomina “Azael”, tem gerado um clima de tensão e incerteza no cenário da cibersegurança.
Ele alegou em publicações nas redes sociais que sua ação foi uma forma de expor falhas nos sistemas de segurança dessas importantes entidades.
De acordo com as informações que ele compartilhou, os ataques não se limitam à Marinha do Brasil.
As instituições atacadas, como a UFRJ e a FAB, foram impactadas de maneiras significativas, com a interrupção de serviços e o vazamento de dados sensíveis.
De acordo com especialistas em segurança cibernética, esse tipo de ataque, realizado por hackers de alto nível como Azael, é cada vez mais sofisticado.
O fato de ele ter conseguido invadir sistemas tão protegidos indica que há uma falha estrutural nas medidas de proteção adotadas por algumas das maiores instituições do país.
Universidade de São Paulo (USP) nega ataque, mas admite instabilidade
Outro alvo do hacker foi a Universidade de São Paulo (USP).
No entanto, a universidade refutou a alegação de Azael de que seus sistemas haviam sido invadidos, atribuindo as instabilidades que afetaram seus serviços a um processo de modernização de infraestrutura.
Apesar da negativa, a USP não deixou de tomar providências e acionou a Polícia Federal para investigar a situação, em uma tentativa de esclarecer a origem dos problemas e evitar que os danos aumentem.
Esse tipo de desafio à segurança digital das principais universidades e empresas do Brasil reflete o quanto as falhas podem ser exploradas por criminosos.
Com a crescente digitalização de processos, as instituições precisam garantir que suas defesas cibernéticas sejam à prova de ataques como os que Azael vem executando.
Como os ataques podem impactar a sociedade
Os efeitos de um ataque hacker como o de Azael podem ser devastadores.
Além de prejudicar a imagem das instituições atacadas, esses incidentes podem comprometer a privacidade de dados sensíveis de cidadãos e organizações.
Informações pessoais, financeiras e administrativas podem ser acessadas por cibercriminosos, o que representa um risco crescente para a segurança nacional e para a privacidade individual.
A Petrobras, uma das maiores empresas de energia do Brasil e do mundo, tem enfrentado ataques cibernéticos que afetam não apenas a segurança de seus sistemas, mas também sua operação no mercado global.
A empresa, em particular, tem sido alvo de criminosos cibernéticos com frequência, devido à sua relevância estratégica e à grande quantidade de dados que gerencia.
As consequências para a segurança nacional
No caso da Marinha, o impacto pode ser ainda mais grave.
Com o site oficial fora do ar, a credibilidade da instituição militar brasileira pode ser comprometida, além de prejudicar a comunicação com cidadãos e outras instituições governamentais.
Isso levanta uma questão sobre a eficácia das medidas de segurança digital adotadas pelas forças armadas e o quanto ainda há para melhorar na proteção de informações sensíveis.
Além disso, a questão envolve aspectos da segurança nacional, uma vez que o controle de sistemas críticos, como os que pertencem à FAB e à Marinha, pode ser explorado para fins de espionagem ou sabotagem.
Esse cenário coloca o Brasil em uma posição vulnerável no cenário internacional, especialmente diante de uma guerra cibernética crescente, que tem sido cada vez mais usada como uma ferramenta de desestabilização política e econômica.
A resposta das autoridades
Após as invasões divulgadas, o governo brasileiro, em conjunto com as autoridades de segurança, intensificou a busca por respostas.
A Polícia Federal e o Departamento de Defesa Cibernética estão trabalhando para identificar e rastrear o hacker responsável por esses ataques.
Porém, o anonimato dos hackers torna a tarefa mais difícil.
O fato de Azael estar agindo com tanto sucesso nas últimas semanas demonstra que há lacunas consideráveis na segurança digital de várias entidades.
Além disso, o governo está considerando a possibilidade de reforçar a legislação brasileira sobre cibercrimes.
Especialistas defendem a criação de um sistema de monitoramento mais eficiente e uma maior colaboração entre o setor público e privado para prevenir e responder rapidamente a esse tipo de ataque.