Revolução na indústria de defesa nacional: Brasil investe R$ 112,9 bilhões nos planos da Marinha, Exército e Aeronáutica para alcançar 75% de soberania tecnológica até 2033
O Brasil está determinado a ampliar sua soberania no setor de defesa e atingir um marco estratégico: dominar 75% das tecnologias essenciais para as forças armadas até 2033. Atualmente, o país controla apenas 42% dessas tecnologias, mas o governo pretende impulsionar rapidamente esse índice por meio de investimentos e políticas voltadas para o fortalecimento da indústria nacional.
Segundo informações publicadas na revista Asas, entre as tecnologias prioritárias para o avanço das forças armadas, estão radares, satélites e foguetes, fundamentais para o desenvolvimento de projetos estratégicos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Para isso, o país lançou uma nova iniciativa que promete revolucionar o setor e acelerar o progresso tecnológico.
Programa Nova Indústria Brasil impulsiona setor de defesa
O plano para alcançar essa meta foi apresentado em 12 de fevereiro, durante o lançamento da Missão 6 do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), uma iniciativa do governo federal que visa transformar a capacidade industrial do país. O evento contou com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando o compromisso do governo com o avanço da tecnologia militar e a modernização da indústria nacional.
Como objetivo imediato, o governo pretende elevar o domínio tecnológico para 55% até o final de 2025. Para isso, serão investidos R$ 112,9 bilhões no setor de defesa, sendo R$ 79,8 bilhões em recursos públicos e R$ 33,1 bilhões provenientes de investimentos privados. Essa injeção de capital é considerada essencial para garantir que o Brasil se torne um protagonista global em inovação e desenvolvimento militar.
Transformação industrial e fortalecimento das forças armadas
Lançado em janeiro de 2024, o Programa Nova Indústria Brasil estabelece metas estratégicas em seis frentes principais, visando fortalecer a indústria nacional e consolidar avanços tecnológicos em diferentes setores. Além da defesa, o programa contempla áreas como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação e bioeconomia.
Veja também:
- Governo revoluciona a indústria naval com investimento de R$ 1,6 bilhão e explosão de empregos: quatro novos navios serão construídos no Rio Grande do Sul, impulsionando a economia e criando 5 mil vagas no setor
- Da disciplina das Forças Armadas ao sucesso profissional civil: militares realizam a transição de maneira eficiente, destacando-se em novas carreiras e alcançando realização pessoal e financeira
Estratégia reforça compromisso com a soberania nacional e prepara as forças armadas para o futuro
Com essa estratégia, o país fortalece sua capacidade de defesa e amplia seu domínio sobre tecnologias essenciais, garantindo maior independência no desenvolvimento de equipamentos estratégicos para as forças armadas. O aumento do investimento na indústria nacional impulsiona a produção de sistemas avançados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, contribuindo para a modernização da infraestrutura militar. Além disso, a transferência de tecnologia e os incentivos governamentais possibilitam a redução da dependência de fornecedores estrangeiros, ampliando a competitividade do setor no cenário global.
Dessa forma, o Brasil avança na implementação de um complexo industrial de defesa mais autossuficiente, capaz de atender às demandas operacionais das suas forças militares e de fomentar o desenvolvimento tecnológico do país.