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Com salário 80,2% maior do que na época de Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Guido Amin Naves toma posse oficialmente como ministro do STM

por Campos 25/02/2025
Com salário 80,2% maior do que na época de Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Guido Amin Naves toma posse oficialmente como ministro do STM

O General de Exército Guido Amin Naves tomou posse como ministro do STM (Superior Tribunal Militar) em sessão solene realizada nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, com a presença de diversas autoridades públicas. Entre elas o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Filho; e o General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante do Exército.

Naves foi indicado ao cargo no segundo semestre de 2024 pelo presidente da República, seguindo a tradição das Forças Armadas de optarem pelo General mais próximo de ir para a reserva. Ele ocupou uma das 4 vagas destinadas à Força Terrestre na Corte em razão da aposentadoria do ministro Lúcio Mário de Barros Góes, ocorrida em dezembro de 2024. A idade limite para ser ministro do STM é 75 anos e Góes atingiu esse teto.

Naves teve um considerável incremento em sua remuneração com a transferência para o Superior Tribunal Militar. No Exército, enquanto Comandante Militar do Sudeste, tinha remuneração bruta de R$ 35,97 mil segundo dados de dezembro de 2024 do portal da transparência do governo federal. Já no STM, quando calculada a média entre as 2 remunerações já recebidas pelo General em janeiro e fevereiro de 2025, o salário chega a R$ 64,8 mil brutos, o que dá um aumento de 80,2%. 

Outra vaga deve ser aberta no STM em abril de 2025 devido à aposentadoria do civil José Coêlho Ferreira. Segundo informações de bastidores, alguns dos nomes cotados são José Levi Mello do Amaral Júnior, ex-ministro da Advocacia-Geral da União no governo Bolsonaro e secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral na gestão de Alexandre de Moraes; e Rafaelo Abritta, chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Defesa.

No entanto, como o novo nome também deve ser indicado pelo presidente da República e passar por sabatina e aval do Senado Federal, Lula estaria sendo pressionado pelo Judiciário a indicar uma mulher para fazer companhia à atual nova presidente, Maria Elizabeth Rocha. Desde a criação da Corte mais antiga do país, em 1808, Rocha é a única integrante feminina da história do Tribunal.