Com o VANT Albatroz, tecnologia 100% nacional, Brasil avança em defesa estratégica e transformará o NAM Atlântico no primeiro porta-drones da América Latina

O Brasil está mais perto de possuir um navio porta-drones, graças ao desenvolvimento do veículo aéreo não tripulado (VANT) Albatroz, projetado pela empresa brasileira Stella Tecnologia — produto 100% nacional. O drone, que será operado a partir do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico (NAM Atlântico) da Marinha do Brasil, marca um avanço significativo nas capacidades de vigilância e controle marítimo do país.
A Stella Tecnologia foi fundada em 2015 e é referência no desenvolvimento, fabricação e operação de sistemas aéreos não tripulados de última geração, voltados para aplicações no setor de defesa e em indústrias que demandam soluções de alto desempenho e confiabilidade operacional.
Albatross: o drone brasileiro que decola de navios
O Albatroz é uma plataforma aérea versátil, com 7 metros de envergadura e 4 metros de comprimento, capaz de operar por até 28 horas contínuas. Ele foi projetado para decolar e pousar em pistas improvisadas de menos de 150 metros, além de ser integrado ao convés do NAM Atlântico.

Segundo o Zona Militar, o drone possui um motor de 22 hp e pode transportar uma carga útil de 5 a 55 kg, incluindo sensores optrônicos, radares avançados e até mesmo mísseis ou munições de precisão. Seu alcance de link de dados chega a 250 km, tornando-o uma ferramenta estratégica para missões de patrulha e reconhecimento.
Testes em solo e próximos passos
Antes de operar no navio, o Albatroz passou por uma série de testes no aeródromo da Fazenda Portobello, no Rio de Janeiro. Conforme o Info Defensa, a empresa realizou uma campanha de voo de três dias em janeiro para calibrar sistemas e coletar dados de telemetria.

Durante os testes, foi identificada a necessidade de ajustes no trem de pouso, que não oferecia atrito suficiente para garantir a estabilidade durante decolagens e pousos. A Stella Tecnologia, responsável pelo projeto e fabricação do trem, já trabalha nas modificações necessárias.
Integração com o NAM Atlântico
O próximo passo será a integração do Albatroz com os sistemas do NAM Atlântico. O navio, que atualmente opera helicópteros, será adaptado para receber drones, ampliando suas capacidades operacionais.
“O cronograma prevê a continuidade dos testes de voo e pouso em pistas, seguidos pelos testes práticos no convés do navio”, destacou o canal Gigantes dos Mares. Essa operação será inédita para a Marinha do Brasil e colocará o país em um novo patamar tecnológico.
Um marco para a defesa nacional
O desenvolvimento do Albatroz e sua integração com o NAM Atlântico representam um avanço estratégico para o Brasil. Com autonomia de 28 horas e capacidade de transportar múltiplos sensores, o drone será fundamental para missões de vigilância marítima e reconhecimento em áreas de interesse estratégico.
“O Albatross é uma plataforma versátil e eficiente, projetada para operar tanto a partir de navios quanto de pistas improvisadas”, ressaltou o Zona Militar. A expectativa é que, em breve, o drone esteja totalmente operacional, consolidando o Brasil como um dos líderes em tecnologia de drones na América Latina.