Exército venezuelano mobiliza 150 mil militares, 159 navios e 250 tanques em exercícios de grande escala; Brasil planeja resposta em Roraima

A Venezuela voltou a fechar sua fronteira com o Brasil em janeiro de 2025, desta vez posicionando veículos blindados, tropas militares e equipamentos pesados em um movimento classificado como “medida de segurança”. O anúncio, realizado pelo governo de Nicolás Maduro, foi feito sob a justificativa de que o país estaria realizando o exercício militar “Escudo Bolivariano”, um treinamento de grande escala que mobiliza forças armadas em várias regiões do território venezuelano, especialmente em áreas de fronteira.
Esses exercícios são promovidos anualmente e, em 2025, chegam à sua 10ª edição, com a mobilização de cerca de 150 mil militares, 159 navios, 50 aviões e 250 veículos militares, incluindo tanques e artilharia pesada. O responsável pelas manobras, o general Domingo Hernandes Lares, explicou que o “Escudo Bolivariano” não é apenas um treinamento militar, mas uma operação integrada com forças populares e policiais.
Exercícios militares reforçam clima de tensão na fronteira Brasil-Venezuela
O movimento das forças venezuelanas ocorre em meio a tensões regionais e acusações de Maduro contra supostos “planos golpistas” articulados pela oposição e por forças estrangeiras, como os Estados Unidos. O governo venezuelano alega que, nos últimos anos, conseguiu desarticular tais tentativas e manter o controle interno. Apesar disso, as ações na fronteira são vistas como uma demonstração de força, gerando repercussões nos países vizinhos, incluindo o Brasil.
Em resposta, o Brasil prepara seu próprio exercício militar na região de Roraima, que será o maior treinamento das Forças Armadas do país em 2025. Comandado pelo Ministério da Defesa, o exercício visa reforçar a presença brasileira na fronteira e demonstrar a capacidade de reação frente às movimentações venezuelanas. Segundo informações, o efetivo militar em Roraima já foi ampliado nos últimos anos, com a criação de esquadrões adicionais e aumento do contingente no Comando Militar do Norte e Amazônia.
Eleições presidenciais podem intensificar isolamento de Maduro na América Latina
A aproximação das eleições presidenciais brasileiras em 2026 também pode intensificar a pressão sobre Nicolás Maduro. Caso um governo alinhado politicamente aos Estados Unidos assuma o poder no Brasil, o isolamento diplomático da Venezuela na América Latina deve aumentar.
Enquanto isso, a situação na fronteira segue tensa, com reforço militar dos dois lados. Especialistas apontam que os exercícios venezuelanos, aliados a movimentações políticas e militares do Brasil, podem definir os próximos passos da geopolítica na região. Acompanhe as atualizações sobre esse tema aqui.
Com informações de: Vamos falar de história